Deslumbrado, Moro viaja o tempo todo para ser homenageado
Para assistir à ópera diretamente do camarote real em Mônaco, no início do mês, o juiz Sergio Moro precisou tirar uma licença de cinco dias de suas atribuições na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
A viagem, revelada pelo Painel, não foi a primeira: desde o início de 2017, ele pediu 37 dias de afastamento —média de 2 por mês, fora férias.
Segundo a assessoria do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ao qual a vara de Moro está ligada, em 19 destes dias outro magistrado foi designado para substituí-lo, acumulando sua carga de trabalho com a do titular da Lava Jato.
Nos outros 18 dias, Moro manteve-se à frente da operação remotamente. Exemplos de decisões tomadas por ele a distância foram as condenações do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB) e do ex-ministro Antônio Palocci.