Haddad e Alckmin cogitam pacto para 2o turno em SP

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Foto: Agência O Globo

Adversários do governador João Doria, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) discutem um pacto para a eleição ao governo de São Paulo em 2022 em que ambos devem ser candidatos. Alckmin já anunciou que prete nde mudar de partido.

Alckmin e Haddad se encontraram duas vezes no primeiro semestre. A primeira das conversas foi intermediada por Gabriel Chalita, secretário de Educação tanto na gestão do tucano no estado quanto na do petista na prefeitura.

Nos encontros, o ex-governador e o ex-prefeito se comprometeram com uma campanha limpa e também fizeram projeções sobre cenários de segundo turno. Foi aventada a possibilidade de ambos estarem na etapa final da disputa e de um dos dois enfrentar o atual vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato de Doria. Caso se confirme a segunda hipótese, a expectativa é que um conte com o apoio do outro.

— Sempre nos demos bem. Nos encontramos e combinamos de fazer uma campanha civilizada, torcendo para estarmos nós dois no segundo turno. Se não for possível, e o adversário for o candidato do Doria ou o do (Jair) Bolsonaro, espero que contemos um com o apoio do outro — afirmou Haddad.

Numa live que fizeram juntos em maio, o ex-prefeito lembrou que PT e PSDB trocaram apoios em segundo turno em eleições em São Paulo contra Paulo Maluf em 1998 (governo do estado) e 2000 (prefeitura). No entanto, Alckmin não correspondeu ao aceno e disse que defendia uma alternativa na eleição presidencial.

Sobre os encontros, o ex-governador disse que teve uma conversa política geral com o petista, mas afirmou que não tratou de apoio no segundo turno.

— Sempre me dei bem com Haddad. Ele foi prefeito e eu governador e tivemos relação respeitosa, de interesse público. Mas agora não tratamos de apoio político — disse Alckmin.

O petista e o tucano mantiveram uma boa relação no período em que o primeiro comandou a cidade entre 2013 e 2016 e o segundo estava à frente do estado. Os dois enfrentaram juntos as manifestações de junho de 2013, iniciadas após o aumento de R$ 0,20 na tarifa dos ônibus municipais e do metrô.

Ambos também cultivam o mesmo sentimento em relação a Doria. Foi Alckmin quem bancou em 2016 a entrada do atual governador na política. Mas depois de ser eleito prefeito, Doria tentou roubar o posto de candidato a presidente do PSDB em 2018 do padrinho político. Mais recentemente, Doria sugeriu que o ex-governador concorresse a deputado federal em 2022, o que desagradou Alckmin e o motivou a decidir deixar o PSDB. Seu destino deve ser o PSD. O DEM é a segunda opção.

Já Haddad promoveu uma transição amistosa na prefeitura com Doria em 2016. No período, os dois trocaram alguns elogios públicos. O clima fez até com que o petista recebesse críticas de integrantes do seu partido. Após assumir o poder, o tucano mudou de postura e passou a atribuir à “herança do PT” os baixos índices de avaliação de seu governo. O então prefeito chegou a falar que a cidade tinha um rombo no caixa deixado pelo antecessor, o que não era verdade.

No final de agosto, o petista, que vinha mantendo uma postura tímida em relação à eleição, assumiu o papel de candidato ao realizar suas primeiras atividades de rua: se encontrou com lideranças políticas e visitou fábricas e universidades em cidades do ABC paulista. O movimento ampliou a discussão a respeito de um provável embate na esquerda, com a candidatura “concorrente” de Guilherme Boulos (PSOL), que foi para o segundo turno na eleição para a prefeitura de São Paulo no ano passado.

O cenário para a eleição ao governo de São Paulo deve ter ainda como candidato Márcio França (PSB) e Arthur do Val (Patriota), além de um candidato apoiado por Bolsonaro. O presidente cogitou, em seus discursos, lançar o nome do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que já deu sinais de preferir uma candidatura ao Senado.

O Globo

 

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