Doria sabota governo deixado por Alckmin

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Deputados tucanos têm obstruído, sobretudo, dois projetos: a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2019 e uma proposta que autoriza a extinção do Ipesp (Instituto de Pagamentos Especiais de São Paulo). Este último foi encaminhado pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) em março, seu último mês à frente do Bandeirantes antes de deixar o cargo para disputar a Presidência.

O caso da LDO é o mais sensível porque o Legislativo só pode entrar em recesso depois de votá-la. O projeto sequer tinha sido aprovado pela Comissão de Finanças até esta terça-feira (17) —de maneira inédita, a Alesp avança obstruída na terceira semana de julho.

Marco Vinholi, líder do PSDB na Assembleia, comenta que sua bancada tem obstruído a prévia do orçamento por considerá-la eleitoreira. Os tucanos criticam a inclusão no projeto do alistamento civil, uma das bandeiras de França, e dizem que não votarão a lei se o governo mantiver esse programa.

A meta de 2019, segundo a LDO, é distribuir a 100 mil jovens bolsas de R$ 500, para que exerçam atividades de zeladoria urbana e assistência a cidadãos, como ajudar idosos a atravessar a rua.

Para Vinholi, os R$ 500 milhões previstos para o programa equivalem a orçamentos de secretarias inteiras. Em 2018, por exemplo, o estado prevê destinar R$ 557 milhões para a pasta da Justiça.

França anunciou que colocará o alistamento civil em prática a partir de agosto, para 4.337 jovens. Para isso, precisou remanejar R$ 53 milhões do orçamento da Habitação. A operação é criticada pelo PSDB.

 

Com informações da Folha de S.Paulo.