Governo Temer tenta tirar corpo fora de incêndio em museu
O ex-ministro Mendonça Filho (DEM-PE), que comandou o MEC (Ministério da Educação) de 2016 a abril deste ano, diz que não há mea-culpa a ser feito no caso do incêndio do Museu Nacional. E dispara contra a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que administra a instituição.
“Ela é conhecida como uma das universidades mais mal geridas do país. É o modo ‘psolista’ de administrar”, diz Mendonça, referindo-se ao fato de dirigentes da instituição serem ligados ao PSOL “e também ao PSTU e ao PCdoB, a tríplice aliança da incompetência”.
Ele diz que sempre repassou “100% da verba de custeio para a universidade”, além de elevar “a liberação de recursos para investimento. Mas preferiram colocar dinheiro em eventos do MST”.
O reitor da UFRJ, Roberto Leher, afirma ser “lamentável que o ex-ministro utilize o problema do incêndio no Museu Nacional para fins eleitorais. Mendonça Filho não fez nada para reverter o problema da queda de investimentos nas universidades federais, que foi muito acentuada em sua gestão”.
Ele afirma que o ex-ministro “não dialogava de maneira adequada com as universidades e não foi capaz sequer de responder aos ofícios institucionais da UFRJ”. Leher diz ainda lamentar que Mendonça “desconsidere a natureza republicana que a universidade estabelece com a equipe do atual ministro da Educação, que tem demonstrado estar à altura das responsabilidades” de um gestor da área.