Artistas e intelectuais culpam Temer por incêndio em museu

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“O que vai restar desse país é cinza mesmo, se não melhorar isso daí”, afirmava o ator Othon Bastos após a exibição do filme “O Paciente” (foto), em que ele interpreta Tancredo Neves, e que teve pré-estreia na segunda (3), no shopping Frei Caneca.

O incêndio do Museu Nacional, um dia antes, era tema de quase todas as rodas.
“Mais do que simbólico, é concreto, de um negócio derretendo, que é o sentimento da classe cultural brasileira”, dizia o diretor do longa, Sérgio Rezende. A sessão também teve a presença do artista Emanoel Araújo.

“É morte anunciada. Isso acontece hoje porque ontem, anteontem, não foi feito o que deveria ser feito. Temos as mesmas histórias se repetindo sem parar”, avaliava a atriz Esther Góes, que na obra dá vida a Risoleta Neves.

Para a produtora do filme, Mariza Leão, o fato de o incidente ter ocorrido na gestão de Michel Temer é simbólico. “É o governo que fez a PEC do teto de gastos, que corta investimentos na saúde, educação, cultura. Acho que Deus sabia que aquele prédio ia desabar. Aí ele pensou assim: não vou deixar isso acontecer em 2019. Vou deixar no governo Temer.”