Coquetel de vacinas protege mais o vacinado

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Foto: REUTERS/Sergio Perez

Um importante estudo britânico sobre a mistura de vacinas contra a Covid-19 descobriu, nesta segunda-feira (6), que os vacinados conseguiram uma melhor resposta imunológica quando receberam uma primeira dose de AstraZeneca ou da Pfizer seguida de uma da Moderna após nove semanas.

“Encontramos uma resposta imunológica muito boa em toda a linha, na verdade, mais alta do que o limite estabelecido pelas duas doses da vacina Oxford/AstraZeneca”, disse à Reuters Matthew Snape, professor da Universidade de Oxford, responsável pela pesquisa Com-COV2.

As descobertas que apoiam a mistura de doses oferecerá alguma esperança aos países de renda média e pobre, que podem precisar combinar marcas diferentes entre a primeira e a segunda dose se os suprimentos ficarem baixos ou se tornarem instáveis.

“Acho que os dados deste estudo serão especialmente interessantes e valiosos para países de baixa e média renda, onde ainda estão ofertando as duas primeiras doses de vacinas”, disse Snape.

“Estamos mostrando que não precisa se limitar a receber a mesma vacina para uma segunda dose, e que, se o programa for realizado mais rapidamente com o uso de várias vacinas, não há problema em fazer isso.”

Se a vacina AstraZeneca/Oxford for seguida por uma dose da Moderna ou Novavax (que ainda não foram regulamentadas no Brasil), produziram mais anticorpos e respostas de células T se for comparado contra duas doses de AstraZeneca/Oxford, de acordo com pesquisadores da Universidade de Oxford.

O estudo com 1.070 voluntários também descobriu que uma dose da vacina Pfizer-BioNTech seguida por uma dose da Moderna foi melhor do que duas doses do curso padrão da Pfizer/BioNTech.

A Pfizer/BioNTech seguida pela Novavax induziu anticorpos mais elevados do que duas doses da Oxford/AstraZeneca, embora este cronograma tenha induzido respostas de células T e anticorpos mais baixas do que o cronograma de duas doses da Pfizer/BioNTech.

Nenhuma preocupação de segurança das vacinas foi levantada, de acordo com o estudo publicado na revista médica Lancet.

Muitos países têm implementado a intercambialidade de vacinas, muito antes de dados mais efetivos estarem disponíveis. Enquanto os países enfrentam números crescentes de infecções, poucos suprimentos e imunização lenta devido a algumas questões de segurança.

A longevidade da proteção oferecida pelas vacinas tem sido avaliada, com doses de reforço sendo consideradas também em meio ao aumento dos casos. Novas variantes, incluindo a Delta e Omicron, aumentaram a pressão para acelerar as campanhas de vacinação.

Amostras de sangue dos participantes foram testadas contra as variantes Wild-Type, Beta e Delta, segundo os pesquisadores do estudo Com-COV2, acrescentando que a eficácia das vacinas contra as variantes diminuiu, mas isso foi consistente em cursos mistos.

A implantação de vacinas usando tecnologia de diferentes plataformas –como o mRNA da Pfizer e Moderna, o vetor viral da AstraZeneca e a injeção à base de proteína da Novavax– e dentro do mesmo cronograma é nova.

Os resultados podem informar novas abordagens para a imunização contra outras doenças, disse ele.

O estudo também descobriu que uma primeira dose da vacina AstraZeneca/Oxford seguida por qualquer um dos outros imunizantes do estudo gerou uma resposta particularmente robusta, consistente com os resultados de junho

O estudo foi definido como de “não inferioridade” –a intenção é demonstrar que a mistura não é substancialmente pior do que os esquemas vacinais padrão– e compara as respostas do sistema imunológico às respostas padrão relatadas em ensaios clínicos anteriores de cada vacina.

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