Kassab quase se aliou a Bolsonaro
Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
Em flerte aberto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, quase teve destino diferente em meados do ano passado. Em agosto, quando o presidente Jair Bolsonaro trabalhava para melhorar sua penetração no Congresso Nacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu a Bolsonaro que elevasse Kassab a ministro-chefe da Casa Civil, no lugar do general Luiz Eduardo Ramos. Depois da tentativa, que não avançou, Guedes sugeriu o nome do senador Ciro Nogueira (PP), atual ministro, para melhorar o ambiente em torno de sua agenda no Senado.
O ministro da Economia vinha alertando que Kassab — que foi ministro nos governo de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) — tem bastante experiência política e poder de aglutinação. Seria um nome importante, na avaliação do ministro, para compor o time que trabalharia pela campanha de reeleição de Bolsonaro. Era questão de tempo, segundo Guedes, para que Kassab embarcasse em outra candidatura. Bolsonaro ouviu e o resto é história.
Kassab, ainda, tentou patrocinar a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), à presidência da República, para a insatisfação de Guedes. A candidatura já fez água, e Kassab passou a se movimentar em torno da aproximação de Lula.
Guedes via em uma eventual relação com Kassab uma possibilidade de dar vazão à agenda reformista que prometeu na campanha de 2018. Sem sucesso. Como mostra reportagem de VEJA, apesar de tímidos avanços, as grandes mudanças, as que tinham de fato poder de virar o jogo, não aconteceram (e não se pode culpar a pandemia ou o Congresso por essa inoperância). O balanço depois de três anos de governo é negativo para Paulo Guedes. Kassab mudaria o jogo? Impossível saber. Mas será possível avaliar, em breve, o impacto dos movimentos de Kassab em torno de Lula.
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