Governadores pressionam pela formalização da chapa Lula-Alckmin

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Foto: Reprodução

As direções do PT em vários Estados passaram a cobrar nas últimas semanas uma definição rápida da chapa Lula-Alckmin, que pode reunir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin.

Diretórios estaduais têm feito chegar à cúpula nacional do partido que a indefinição dificulta as negociações regionais com partidos aliados, provocando atrasos na retirada de candidaturas e trocas de apoio.

A Executiva Nacional do partido se reuniu ontem, em um encontro virtual, para discutir as próximas etapas do projeto eleitoral do PT. O grupo não só passou batido sobre o tema da chapa Lula-Alckmin, como decidiu adiar para o dia 24 de março a próxima reunião do Diretório Nacional, prevista inicialmente para dia 18.

O argumento é que é preciso ganhar tempo para concluir as negociações da federação com o PV e o PCdoB, para, quem sabe, anunciar oficialmente a composição nesse encontro. Também ficou acertado que o partido vai acelerar as tratativas com outras legendas interessadas em apoiar Lula na corrida presidencial.

Isso inclui o PSB, provável novo partido de Alckmin, que decidiu ficar fora da federação liderada pelo PT. Nessa mesma reunião do dia 24, será apresentado um calendário com as datas para a realização de encontros estaduais e do Encontro Nacional do partido.

Este último é a instância máxima do PT, a quem cabe sacramentar todas as discussões de alianças para a corrida eleitoral deste ano. Em tese, é ali que Alckmin precisa ter seu nome aprovado. Mas já se fala em resolver a questão no Diretório Nacional, para facilitar o processo.

Nos bastidores, líderes petistas seguem dando a aliança de Lula com Alckmin como certa. Interlocutores do ex-presidente dizem que, quando chegar a hora, basta Lula avisar às instâncias partidárias sua decisão e qualquer resistência tende a se dissipar.

“Falta Lula avisar ao PT que não é para ninguém atrapalhar”, resumiu um petista em conversa com a coluna. Mas ainda há quem aponte que, enquanto o martelo não for batido oficialmente, há sempre espaço para uma mudança de planos. Afinal, Lula ainda não deu a ordem.

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