Ex-presidente da Petrobras diz que presidentes “não podem mexer” na empresa
Foto: Isac Nóbrega/PR; Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Apesar de lamentar a forma como se deu sua saída da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna está bastante orgulhoso de seu trabalho na frente da estatal. Tanto que confia que as estruturas da empresa, construídas a duras penas após escândalos do Petrolão por ele e seus antecessores, não abrem margem para aventuras presidenciais, como interferências nos negócios da companhia, independentemente se Jair Bolsonaro (PL) for reeleito ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consiga retornar ao Planalto.
Segundo o general, as diretrizes da Petrobras estão muito bem protegidas pela política de governança da estatal e a lei que garante a liberdade de preços no mercado de petróleo e derivados. “Tenho dito de forma contundente que aqui não cabe aventureiro. Hoje, a governança da Petrobras não permite isso. Graças à governança, não vejo possibilidade para que aconteça algo parecido com o que ocorreu no passado”, afirmou em entrevista exclusiva a VEJA desta semana. “Mudar a legislação fica difícil. Mexer na política de preços é como mexer na lei da gravidade. A forma de baixar o preço é torcer para a guerra passar. Não vejo solução a partir da Petrobras.”