CPI acusa Prevent Senior até de crimes contra humanidade

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A CPI da Prevent Senior, da Câmara Municipal de São Paulo, aprovou nesta segunda-feira, por unanimidade, o relatório final do vereador Paulo Frange (PTB), que recomenda o indiciamento de 20 pessoas, incluindo os donos da operadora, Eduardo Parrillo e Fernando Parrillo. O texto será encaminhado ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Segundo o relatório, os donos e funcionários da empresa cometeram, juntos, 52 crimes, mais que o dobro do apontado pela CPI da Covid do Senado Federal. Entre eles homicídio e tentativa de homicídio, omissão de socorro, falsidade ideológica e crime contra a humanidade, este previsto no Estatuto do Tribunal Penal Internacional de Roma.

A comissão concluiu que a Prevent Senior adotou um protocolo institucional para tratamento da Covid-19, com uso de medicamentos comprovadamente ineficazes. Também realizou pesquisas com seres humanos e feriu a autonomia médica, impondo a seus funcionários a “doutrina da aplicação do Kit Covid”, o que caracteriza assédio moral institucional. Por fim, a CPI coloca que os hospitais da operadora possuem taxas de letalidade elevada entre os pacientes internados com Síndrome Respiratória Aguda.

De acordo com o relatório, apresentado nesta segunda-feira, Fernando Parrillo cometeu o crime de omissão de socorro, já que, como proprietário da empresa, negou o devido atendimento médico a milhares de pacientes que buscaram tratamento eficaz contra a Covid-19 e receberam, no lugar, o kit Covid, conjunto de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.

O Globo