Tendência de Ciro Gomes é murchar
Foto: Michael Melo/Metrópoles
Se Ciro Gomes (PDT) não escalar as pesquisas de intenção de voto para presidente nos próximos 60 dias, sua tendência é murchar. Perderá votos tão logo a maioria dos eleitores nem Lula nem Bolsonaro se convença de que terá de escolher entre um e outro.
Candidato a presidente pela quarta vez, Ciro não enxerga outra saída que não seja a disputa, mesmo que colha outra derrota, a última de sua carreira política. No Nordeste, ele assiste ao avanço de Lula e de Bolsonaro sobre eleitores que poderiam ser seus.
Nos três maiores colégios eleitorais do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas, ainda não conseguiu montar palanques fortes, e será difícil conseguir. Antônio Carlos Magalhães, que mandou e desmandou na Bahia por décadas, ensinava:
“Presidência da República é destino”.
Quer prova maior disso do que o que aconteceu com o mineiro Tancredo Neves? Eleito presidente em janeiro de 1985, tomaria posse no dia 15 de março. Na véspera, foi obrigado a se internar para uma operação de urgência. Morreu sem tomar posse.
O vice, José Sarney, governou no lugar dele.