“3a Via” quer de Moro eleitores que ele perdeu para Bolsonaro

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Fora do páreo presidencial, o ex-juiz Sergio Moro é visto pelos pré-candidatos da terceira via como um importante cabo eleitoral para outubro. Alijado da disputa presidencial pelo seu próprio partido, a União Brasil, Moro poderia desempenhar outro papel, transferindo os votos que tinha quando ainda era considerado em pesquisas.

A candidatura do ex-juiz acabou se inviabilizando quando ele deixou o Podemos e enfrentou a rejeição ao seu nome por seus novos correligionários. A União Brasil, que integrava os esforços pela construção de uma candidatura única, acabou abandonando o grupo e lançando seu presidente, Luciano Bivar, como pré-candidato.

Ainda assim, dirigentes dos partidos que seguem dialogando enxergam que o apoio de Moro pode fazer diferença para que consigam chegar mais competitivos à campanha. Quando ainda era pré-candidato, chegou a aparecer com 10% de intenção de voto nas pesquisas e costumava dividir a terceira colocação com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).

Pesquisas qualitativas e quantitativas às quais esses partidos tiveram acesso indicam que cerca de 15% de quem hoje declara voto tanto no presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderiam migrar para outro candidato. Somado aqueles que declaram preferir fugir da polarização, a terceira via estima ter espaço para crescer em até 45% do eleitorado.

Moro, portanto, poderia ser importante para resgatar os votos que iriam para ele e que hoje, avaliam, teriam sido herdados por Bolsonaro.

As conversas para solicitar esse apoio, no entanto, só devem acontecer quando MDB, PSDB e Cidadania conseguirem definir quem será o cabeça de chapa do grupo. Na última quarta-feira (11), eles concordaram em definir o nome com base em pesquisas qualitativas e quantitativas, que ainda serão encomendadas, o que torna improvável a escolha até a 18 de maio, data que havia sido estipulada como limite.

Folha