Candidato de Bolsonaro em SP esconde ser bolsonarista

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.

Bolsonaristas radicais não estão conseguindo visibilidade na campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na eleição ao governo de São Paulo, e isso tem incomodado aliados fiéis do presidente. Nos bastidores, a queixa é de que o ex-ministro está tomando distância do bolsonarismo e tem optado por dar espaço a nomes do PSD de Gilberto Kassab em detrimento de quadros do PL. Um dos coordenadores da campanha de Tarcísio, Cezinha de Madureira (PSD-SP) minimiza as críticas. Diz que o distanciamento neste momento se deve à atenção dada pelo candidato à costura de alianças para sua chapa. “Foi Bolsonaro quem escolheu Tarcísio, por ser pragmático, centrado e sabido. Todos eles sabem disso”, diz.

As redes sociais de Carla Zambelli e Ricardo Salles fazem pouca ou nenhuma menção ao candidato de Bolsonaro em SP. Ambos deverão tentar uma vaga de deputado pelo PL e são considerados puxadores de voto. Nas redes de Tarcísio, eles também não aparecem.

Nem mesmo a ida do ex-ministro à conferência de conservadores em Campinas agradou. Um crítico disse que ele fez “discurso de um técnico, arrogante”. No evento, Tarcísio fez uma oração de joelhos com Magno Malta.

Aliados menos radicais também têm se queixado do candidato. Alegam que ele não convida o pré-candidato ao Senado José Luiz Datena (PSC) para eventos. E que Tarcísio deve orientar sua campanha para setores mais populares. “Ele tem que comer pastel no Mercadão da Lapa”, resume um bolsonarista.

Estadão