Omisso na defesa do STF, Fux se aproxima de Bolsonaro

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Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Entrando na reta final da sua gestão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, tem dito que pretende dedicar as últimas semanas a garantir a paz no processo eleitoral.

Ele vai voltar a procurar as Forças Armadas para dialogar sobre o seu papel nas eleições e pedir serenidade no debate até o final do ano.

Fux quer também conversar com o presidente Jair Bolsonaro (PL) que tem feito reiterados ataques à urna eletrônica e aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas toda vez que pensa em procurá-lo, o presidente faz uma nova crítica a um de seus colegas, e o ministro aguarda, portanto, o melhor momento para contatá-lo.

O presidente da corte isolou-se ao longo da sua presidência e foi criticado por seus pares por fazer uma defesa tímida do STF. Sua presidência foi marcada por ataques frequentes de Bolsonaro e das milícias digitais.

Sob sua presidência, a corte enfrentou ainda julgamentos que aumentaram os atritos, como a condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), e a acomodação dos dois ministros indicados por Bolsonaro: Kassio Nunes e André Mendonça.

Fux já demonstrou preocupação com a escalada da crise e o STF se prepara para enfrentar os próximos meses. Ele pediu para a área de segurança iniciar o planejamento estratégico para o 7 de Setembro, quando há receio de que, se estiver atrás nas pesquisas, Bolsonaro eleve o tom mais uma vez.

Esse deve ser o último desafio de Fux na presidência. No dia 9, ele passa o bastão para a ministra Rosa Weber.

Aliados de Bolsonaro estão convocando para o dia 31 de julho uma grande manifestação contra o STF. Os monitoramentos da corte indicam que não deve haver maiores sobressaltos, mas, de qualquer forma, ela servirá como um teste para setembro.

Folha