Após ameaça de bolsofilho, TSE abre mais 2 processos contra bolsopai

O Tribunal Superior Eleitoral instaurou neste domingo (21) mais duas ações para investigar a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) em decorrência de reportagem da Folha que revelou quem empresas compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp.

As medidas foram adotadas pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Jorge Mussi, a pedido da coligação PDT-Avante, de Ciro Gomes, e pelo PDT. Elas vão se somar à Ação de Investigação Judicial Eleitoral já instaurada a pedido da coligação de Fernando Haddad (PT), adversário de Bolsonaro neste segundo turno.

Em uma das ações instauradas nesse domingo a coligação de Ciro pede que Bolsonaro seja declarado inelegível, com convocação de um novo pleito.

Segundo a peça, a compra por empresas alinhadas a Bolsonaro de pacotes de disparos em massa no aplicativo de mensagem feriu de forma relevante o equilíbrio entre as candidaturas.

O ministro-corregedor negou pedido de liminar para que o candidato e empresas fossem proibidas de praticar qualquer divulgação de mensagens pelo WhatsApp.

“Apesar da previsão legal de concessão de liminares antes mesmo da oitiva da parte contrária, postergando-se o contraditório, essa medida deve ser acompanhada de muita cautela no caso concreto e concedida em caráter excepcional, de forma a prestigiar as garantias constitucionais”, escreveu o ministro em sua decisão.

Ele também negou pedido de quebra de sigilo telefônico e apreensão de documentos.