Rejeição é o fantasma de Bolsonaro

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Foto: Ricardo Stuckert e Marcos Correa/PR/Reprodução

Mesmo com um pacote de bondades que vai do aumento do Auxílio Brasil à adoção de mecanismos para forçar a queda no preço dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro até agora sofre para estreitar a distância em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O cenário melhorou para o presidente nos últimos meses, é verdade. Mas os números estão muito aquém do que sua campanha imaginava para essa fase da corrida presidencial.

Hoje, a distância entre Lula e Bolsonaro é de 11 pontos, segundo a última pesquisa Exame/Ideia, divulgada nesta quinta-feira. Lula ficou com 44% e Bolsonaro com 33%. Não há mudança significativa em relação ao levantamento anterior, já que a margem de erro é de 3 pontos. Lula tinha 45% e Bolsonaro 36%.

O que a pesquisa traz de mais relevante para o presidente é que sua rejeição alta é, neste momento, seu maior desafio. Isso porque 46% dizem que não votam nele de jeito nenhum. Contra 40% de Lula. O resultado disso pode vir a ser, no futuro, uma migração de votos para o petista numa eventual segunda etapa de votação. É aquele eleitor que está na mira do PT, que pode vir a votar em Lula só para tirar Bolsonaro do jogo.

À primeira vista, essa possibilidade ainda não se traduz nos números da pesquisa. E, portanto, talvez ainda exista tempo hábil para o quadro se alterar. A simulação de segundo turno da pesquisa Exame/Ideia Lula venceria com 47% a 37%, distância muito parecida com a da simulação do primeiro turno. Mas, ainda assim, uma rejeição seis pontos acima da registrada por Lula é motivo para muita atenção.

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