Bolsonaro queria dar golpe também no seu partido
Foto: Ascom/ TSE
Desde o fim da eleição presidencial, a animosidade entre lideranças da chamada ala moderada do PL e o clã Bolsonaro vem numa crescente.
Um dos principais motivos foi a percepção de aliados do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, de que os filhos de Bolsonaro agiam, nos bastidores, para tentar se apropriar do comando do partido. A insatisfação maior é com o senador Flávio Bolsonaro, apontado como nome favorito do clã para ser o presidente da legenda.
Integrantes do PL relataram à coluna que se sentiram traídos com o movimento, especialmente pela lealdade que Valdemar demonstra a Bolsonaro. Esse é um dos motivos apontados por uma ampla ala da sigla que passou a defender a permanência do ex-presidente nos Estados Unidos.
Como informou a colunista Malu Gaspar, antes dos atos golpistas de 8 de janeiro, a cúpula do PL avaliava que Bolsonaro deveria retornar ao Brasil para recuperar o capital político e se firmar como voz de oposição a Lula. Agora, a leitura é que o melhor para o capitão reformado e para o PL é que ele fique longe e submerja.