Lula decide manter ministra do Turismo

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Foto: Divulgação/Ministério do Turismo

Após reunião, o presidente Lula (PT) manteve a ministra Daniela Carneiro (União Brasil) à frente do Ministério do Turismo. A Secom (Secretaria de Comunicação Social) confirmou a decisão. Lula convidou a ministra para uma reunião de emergência nesta manhã no Palácio do Planalto e decidiu mantê-la no cargo. Ela foi acompanhada do marido, Waguinho (União Brasil), prefeito de Belford Roxo (RJ).

A possível saída é um pedido do próprio União Brasil, que já havia indicado o deputado federal Celso Sabino (União-PA) para assumir a pasta. O pedido tem as bênçãos das lideranças do centrão, incluindo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas não garante apoio total do partido ao governo. A situação está assegurada pelo menos por esta semana. A Secom confirmou que ela deverá participar da reunião ministerial na próxima quinta-feira (15). Nesta tarde, ela vai à Câmara para uma audiência pública como ministra. Deputada mais votada no Rio em 2022, ela foi uma das principais apoiadoras do petista no estado ao lado de Waguinho, político mais influente da Baixada Fluminense. A situação de Daniela no governo está delicada desde que ela anunciou que queria deixar a legenda para se filiar ao Republicanos. O partido, que indicou ainda os nomes dos ministros das Comunicações e do Desenvolvimento Regional, passou a reivindicar a pasta. Isso deixou o governo em uma sinuca de bico. De um lado, precisa dos votos do União Brasil na já delicada relação com o Congresso, onde não tem maioria; de outro, Daniela e Waguinho foram essenciais para uma melhora do PT no Rio, reduto bolsonarista. Na semana passada, Waguinho veio a Brasília para conversar com Lula. Ele reafirmou o compromisso junto ao governo e cobrou a conta do apoio durante a eleição, algo que também tem feito publicamente.

O partido não quis garantir apoio total no Congresso às pautas governistas. Entre os 59 deputados, há cerca de 20 já definidos como oposição. A decisão de manter o partido como independente à gestão petista dá a prerrogativa de haver dissidências das bancadas na Câmara e no Senado. Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), negaram que haja planos de reforma ministerial. Os dois desconversaram sobre mudanças em outros ministérios, mas não negaram que a saída da deputada pudesse ocorrer.

Uol