Deputados golpistas ficam na CPMI, mas sem acesso a dados do STF
Foto: Pedro França/Agência Senado
Alvos de investigações por eventuais envolvimentos nos atos golpistas de 8 de janeiro, Marcos do Val e André Fernandes devem permanecer como integrantes da CPI mista que apura as participações nos ataques que depredaram as sedes dos Três Poderes, mesmo a contragosto de parlamentares do colegiado.
No Senado, há um entendimento de que tanto o senador quanto o deputado têm prerrogativas como parlamentares eleitos e em pleno exercício do mandato de compor o colegiado sem que seja cerceado direito. Por outro lado, há um consenso também de que eles não devem ter acesso às investigações que ocorrem no âmbito do STF.
A presença deles na CPI mista pode então interferir na decisão de Alexandre de Moraes de liberar o acesso das investigações aos parlamentares.
A permanência ou não dos parlamentares será decidida por Rodrigo Pacheco, que têm consultado a advocacia jurídica da Casa para dar seu parecer final. No entanto, senadores do entorno de Pacheco argumentam que dificilmente haverá veto de parlamentar em comissão já que há investigados em outros temas participando de comissões na Casa.