Bolsonaro diz que onda conservadora-militar refluiu
Foto: MAURO PIMENTEL/AFP
Em conversas recentes com aliados, Jair Bolsonaro fez uma previsão nada otimista para os militares que desejam se aventurar na vida pública.
A leitura do ex-presidente é a de que, hoje, os militares não teriam volume de voto para vencerem eleições de cargos do Executivo. Bolsonaro tem dito que esta onda já passou.
Neste contexto, o ex-presidente descarta nomes como o deputado federal e general Eduardo Pazuello (PL-RJ), que tem mostrado interesse em disputar a prefeitura do Rio em 2024. Além disso, Pazuello traz consigo o desgaste de pandemia, já que foi ministro da Saúde no governo anterior. Outro nome com esse perfil é do general da reserva Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa presidencial de Bolsonaro no ano passado.
Braga Netto voltou ao radar do PL para concorrer à prefeitura do Rio depois que Bolsonaro vetou o filho Flávio Bolsonaro. O general é o nome preferido do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, por sua relação com a pauta da segurança pública. Braga Netto foi interventor da segurança do Rio no governo Temer.
Nos últimos dias, porém, Bolsonaro sinalizou que não vê chances de o aliado se eleger na capital fluminense e que ele deve concorrer ao Senado por Minas se os militares conseguirem se “reconstruir” no cenário eleitoral. Braga Netto também mostra interesse em seguir o caminho do Legislativo e avalia que hoje não é seu projeto disputar a prefeitura. Só o faria, porém, se Bolsonaro lhe der essa “missão”.