Discurso de ódio nas redes tem 11 causas pricipais
Foto: Mauro Pimentel/AFP
O grupo de trabalho criado pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania para investigar a propagação do discurso de ódio em ambiente digital vai apresentar o relatório final às 14h desta segunda-feira. A equipe foi liderada pela ex-deputada Manuela D’Ávila e é composta por servidores de instituições de Estado, representantes da pasta e integrantes da sociedade civil, que não foram remunerados para o trabalho. O relatório define os discursos de ódio e extremismo e mostra como identificá-los, além de elaborar estratégias para combater tais práticas. As recomendações vão desde a regulamentação das plataformas digitais e da inteligência artificial até medidas educacionais, passando pela judicialização e responsabilização dos financiadores e disseminadores do discurso de ódio. A pesquisa também elencou 11 grupos, instituições e setores da sociedade que são mais atacados pelo discurso extremista e os tipos de preconceito mais frequentes. Misoginia e a violência contra as mulheres; Racismo contra pessoas negras e indígenas; Ódio e violência contra a população LGBTQIA+; Xenofobia e violência contra estrangeiros e nacionais da Região Norte e Nordeste; Ódio e violência contra as pessoas e comunidades pobres; Intolerância, ódio e violência contra as comunidades e pessoas religiosas e não religiosas; Capacitismo e violência contra as pessoas com deficiência; Grupos geracionais mais vulneráveis ao contágio do extremismo: jovens e pessoas idosas; Atos extremistas contra as escolas, instituições de ensino e docentes e a violência decorrente do discurso de ódio; O ódio e a violência extremista contra instituições e profissionais da imprensa e ciência; Violência política, neonazismo e atos extremistas contra a democracia.