Mulher que agrediu Moraes se irritou por ele entrar na área VIP

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Foto: Samantha Silva/UOL

O casal suspeito de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no aeroporto de Roma, na Itália, chegou na manhã de hoje à sede da Polícia Federal em Piracicaba (SP) para depor sobre o episódio.

O casal chegou ao local por volta das 8h30 sem falar com a imprensa. O empresário Roberto Mantovani Filho e a sua mulher, Andreia Munarão, entraram no estacionamento da PF num carro, sem serem vistos, acompanhados do veículo de seu advogado. No domingo, o genro de Mantovani, Alex Zanatta Bignotto, também foi ouvido pela PF.

O casal vai negar motivação política. O advogado Ralph Tórtima, responsável pela defesa deles, disse que houve um “equívoco interpretativo em torno dos fatos”. Segundo ele, a confusão ocorreu entre Andreia e a namorada do rapaz apontado por um agente da PF como filho de Moraes.

A defesa do casal negou que eles tenham ofendido ou ameaçado Moraes. Ao UOL, o advogado descreveu o que teria ocorrido no aeroporto de Roma. Segundo o advogado, a família do empresário estava no aeroporto de Roma em um grupo de sete pessoas: Mantovani Filho, Andreia, o filho Giovanni, o genro Bignotto, a mulher dele e dois filhos do casal.

A defesa afirma que, atrás do ministro, outras pessoas já o estariam ofendendo. Segundo o advogado, ocorreu uma rápida confusão. Uma mulher que estaria junto ao filho de Alexandre de Moraes teria começado a trocar ofensas e feito um “gesto obsceno” em direção a Andreia. Nessa hora, teria começado a discussão com Mantovani.

Andreia teria questionado o ministro por ele ter conseguido entrar na sala vip, e Bignotto, a esposa e as crianças, não. Na sequência, o rapaz, apontado como filho do ministro, teria “mandado beijos como uma forma provocativa a Andreia”, ainda segundo a defesa.

Nesse momento, o filho de Mantovani, Giovanni, chamou Alex Zannata — que teria se deparado com um filho de Moraes ofendendo Andreia. Zanatta e Giovanni teriam, segundo a defesa, tentado apaziguar a confusão.

O advogado afirmou que Mantovani Filho “precisou conter os ânimos do jovem ofensor”, sem confirmar se se trata do filho de Moraes. Até o momento, não foram divulgadas imagens do episódio.

O momento em que eles foram fotografados na confusão: o argumento da defesa é que isso ocorreu quando Alexandre de Moraes saiu da sala vip para buscar o rapaz apontado pela PF como o filho do ministro e retornou para o mesmo espaço.

Reiteram que em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao Min. Alexandre, que casualmente passou por eles nesse infeliz episódio. Mesmo assim, se desculpam pelo mal-entendido havido, externando o veemente respeito que nutrem pelas autoridades públicas, extensivo aos seus familiares. Nota da defesa de Roberto Mantovani Filho e Andréa Mantovani

Moraes afirmou ter sido hostilizado por três brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma. O episódio teria ocorrido por volta das 18h45 da sexta-feira (horário local, 13h45 em Brasília). A informação foi confirmada por interlocutores da PF e do Ministério da Justiça.

O ministro foi chamado de “bandido, comunista e comprado”, conforme a investigação. As palavras teriam vindo de Andreia. Advogados criminalistas afirmaram ao UOL que os brasileiros podem responder por crimes de injúria e agressão.

O filho de Moraes chegou a ser agredido fisicamente, segundo a PF. As agressões teriam partido de Mantovani Filho.

Uol