Carluxo tem ideia de “jênio” para defender o pai
Foto: Divulgação e reprodução redes sociais
Antecipada pelo vereador Carlos Bolsonaro em publicação nas redes sociais no domingo, a narrativa de que as joias sauditas ofertadas à família Bolsonaro é de “natureza personalíssima” voltará a ser adotada na defesa de Jair e Michelle Bolsonaro. Esse é o mote.
Em um movimento coordenado, deputados e senadores que estavam em silêncio após a operação da PF, na sexta-feira, começaram a postar em suas redes sociais uma portaria da Secretaria-Geral da Presidência, ainda no governo Temer, com grifos sobre os itens “personalíssimos”.
O artigo quatro da portaria, de 8 de novembro de 2018, lista joias e semi-joias como bens de “natureza personalíssima ou de consumo direto do presidente”, assim como medalhas, roupas, pijamas, gravatas, canetas, cadernos, agendas.
Na mesma mensagem, os parlamentares vão divulgar que o entendimento mudou e frisar também a decisão do TCU, que depois mandou devolver os objetos. Nessa linha, a defesa alegará que Bolsonaro e a ex-primeira-dama devolveram os bens.
Apesar das postagens, parlamentares bolsonaristas sabem que a portaria não protege Bolsonaro juridicamente. Consideram, no entanto, que essa narrativa possa ajudá-lo a amenizar o desgaste com a opinião pública bolsonarista. Mesmo que a narrativa não convença judicialmente, já terá valido a pena se convencer os eleitores de Bolsonaro.
Essa foi a saída encontrada até agora para tentar minimizar o impacto que essa operação pode causar às eleições de 2024, quando o PL esperava eleger próximo de mil prefeitos.