STF vai assumir caso das jóias de Bolsonaro

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O Ministério Público Federal de São Paulo pediu que as investigações sobre as joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da Arábia Saudita sejam enviadas ao STF.

Pedido foi feito na última sexta-feira (11) e aguarda da Justiça Federal para que a remessa seja feita. Hoje, o caso é investigado MPF de São Paulo em parceria com a PF do estado porque os fatos iniciais ocorreram em no aeroporto de Guarulhos.

Apuração começou com entrada ilegal de joias em comitiva de ex-ministro de Minas e Energia. Um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes foram barrados ao serem encontrados na mochila do militar Marcos André dos Santos Soeiro, que assessorava Bento Albuquerque, em outubro de 2021.

Os itens dessa primeira leva foram avaliados em R$ 16,5 milhões. Albuquerque admitiu que trouxe essa encomenda à ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, mas disse que não sabia o que tinha no pacote porque ele estava fechado.

Quatro dias depois, outra reportagem revelou que Bolsonaro recebeu um segundo pacote de joias. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o conjunto é composto por um relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gold, anel e um masbaha (espécie de rosário islâmico) rosa gold.

Na última sexta-feira (11), a PF deflagrou operação para aprofundar a investigação de esquema de desvio e venda no exterior dos bens dados de presente a Bolsonaro em missões oficiais. Foram alvos de busca e apreensão o general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o advogado Frederick Wassef, o assessor Osmar Crivelatti e o próprio Mauro Cid.

A corporação também pediu a quebra o sigilo fiscal e bancário de Bolsonaro e Michelle.

UOL