Dino diz que PF sofria “tentações satânicas de espetacularização”
Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
Durante a formatura de novos policiais federais, na manhã desta terça-feira (5/9), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que foram abolidas “tentações satânicas de espetacularização” em operações da Polícia Federal (PF), fazendo uma referência indireta à operação Lava-Jato, que levou à prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também presente na formatura.
Ao final do evento, o Metrópoles pediu que o ministro detalhasse o que seriam essas “tentações satânicas” e Dino defendeu que, no passado, havia a ideia de “supostos super-heróis”, mas que em carreiras como na polícia, na magistratura e nas Forças Armadas, é preciso seguir o princípio da impessoalidade.
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A cerimônia de formatura aconteceu na Academia Nacional de Polícia em Brasília (DF). O evento acontece após a conclusão de curso de 70 dias para delegados, agentes e escrivães da PF. Todos serão lotados inicialmente em estados que pertencem à Amazônia Legal.
Além de Dino e Lula, o evento contou com a presença do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e do comandante do Exército, general Tomás Paiva. A presença das Forças Armadas na formatura da PF foi um importante simbolismo em um momento que as duas instituições travam uma disputa por um maior protagonismo no governo federal.
Em sua fala, o diretor da PF, Andrei Rodrigues, se referiu a Múcio como “meu amigo”. Dino destacou a presença de do ministro da Defesa e disse que a PF e os militares são “mais que irmãos”.
“Destaco o alto significado das vossas excelências aqui. A Polícia Federal e as Forças Armadas são mais que irmãos. A PF e a as Forças Armadas são co-irmãs a serviço do Brasil e dos brasileiros”, defendeu Dino.
Ainda estiveram presentes na formatura o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e a primeira-dama Janja da Silva.