Perguntado sobre escândalo envolvendo familiares, Eduardo Bolsonaro tira o corpo fora
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira (12) que não tem como falar sobre a vida de assessores do irmão, o senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ).
“Eu lamento informar, mas a vida de um assessor do Flavio ou de algumas pessoas lá, assessores, eu não tenho como informar. Eu sou a pessoa errada para esse tipo de pergunta”, afirmou ao deixar reunião da bancada do PSL no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição.
O deputado encerrou a entrevista logo depois de ter sido questionado sobre um relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) que apontou movimentação atípica do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio.
Na semana passada, ao ser questionado, ele disse não saber do assunto e não respondeu sobre o caso. Agora, argumentou ser deputado federal e passar maior parte do tempo entre Brasília e São Paulo.
O relatório foi produzido pelo Coaf como parte da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato.
Deflagrada há um mês, a operação prendeu sete deputados da Assembleia do Rio, além de expedir novos mandados de prisão a outros três que já estavam detidos. Eles são suspeitos de receber mesada para apoiar o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, condenado por corrupção. Flávio Bolsonaro, que é atualmente deputado estadual no Rio, não estava entre os alvos da operação.
De acordo com o relatório do Coaf, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo e a reportagem afirma que uma das transações de Queiroz citadas no relatório do Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Da FSP