Lula vê candidato do STF à PGR como mais independente
Foto: Evaristo Sá/AFP
Lula está conformado que não tem o perfil considerado “ideal” para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). Depois de conversas diretas com o vice-procurador eleitoral Paulo Gonet, apoiado por Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, e o subprocurador Antônio Carlos Bigonha, defendido pelo PT, o presidente passou a sinalizar que gostou mais da primeira opção.
O que pesou na conversa é que Lula considerou Gonet “mais independente” da classe, ou seja, o presidente avalia que ele estará menos sujeito a pressões dos colegas da PGR. O petista deixou transparecer a membros do governo que a conversa com Bigonha não o animou. Isso abriu espaço para Gonet voltar a ganhar força.
O presidente considera que o corporativismo foi um dos fatores que fizeram a Lava-Jato chegar tão longe. A avaliação é que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot cedeu às pressões da força-tarefa de Curitiba, que, hierarquicamente, estava abaixo dele.
Antes de viajar aos Estados Unidos, Lula escalou aliados para buscarem novos nomes. Como informou a coluna, membros do governo passaram a articular um encontro do presidente com um nome apoiado pelo atual procurador-geral da República, Augusto Aras, e com o subprocurador Aurélio Rios.