Em 250 milhões de anos, o planeta será inabitável
Muitos sabem que, no passado, há cerca de 200 milhões de anos, os continentes eram todos unidos em uma única Pangeia. No futuro, no entanto, isso pode voltar a ser realidade – e estudos apontam que o cenário não será favorável para os seres humanos, nem para qualquer outro mamífero. Atualmente, estamos em um período intermediário no ciclo de supercontinentes.
O próximo, de nome nada original, foi chamado de Pangeia Ultima, e deve se formar em 250 milhões de anos, na altura do Equador, com a fusão entre as Américas e a Afro-Eurásia. O movimento intenso que levará a aproximação incendiará a atividade vulcânica e elevará consideravelmente a emissão de CO2, tornando a sobrevivência mais que desafiadora.
O cenário é mesmo assustador, com temperaturas ultrapassando os 40 ºC e o centro do continente, afastado dos oceanos, formando um extenso deserto, apenas 8% da Terra será habitável – em comparação com os 66% atuais. Uma outra característica deve contribuir com o calorão. Nesse período, o Sol já terá consumido muito do seu hidrogênio e começará a inchar devido ao aumento da fusão nuclear. Isso aumentará em 2,5% o seu brilho, o que será potencializado pelo intenso efeito estufa.
Essas análise, publicada na revista Nature, foi feita com base em modelos computacionais e leva a crença de que as mudanças poderão induzir a uma extinção em massa, mas existem outras possibilidades. Além do cenário remoto de uma adaptação humana a essas mudanças ou da colonização de outros planetas, um segundo modelo sugere que a nova pangeia poderá se formar, na verdade, próxima ao polo norte, possibilitando uma extensão maior de terreno habitável.
A vida, certamente, dará um jeito de prosperar. Quanto à humanidade, não há porque se adiantar – sem dúvidas, temos perigos muito mais eminentes com que se preocupar.
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