Filho do presidente sai em defesa do pai e do irmão contra Mourão

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, disse ontem à noite que “entende a revolta” de seu irmão Carlos, vereador do Rio de Janeiro pelo PSC, ao criticar o vice-presidente Hamilton Mourão. Eduardo sugeriu que Mourão fizesse uma autorreflexão.

Neste sábado, o Estado mostrou que Mourão tem mais compromissos fora do Planalto que o chefe do Executivo – ele deixou o gabinete para participar de eventos e reuniões 97 vezes – em 14 delas, estava exercendo a Presidência enquanto o titular permanecia internado ou em viagem oficial. Bolsonaro saiu do Planalto para 78 compromissos.

“As declarações [de Mourão] vão na contramão do que o presidente prega. O papel do vice é substituir o presidente e cumprir as missões que o presidente dá”, afirmou, em resposta durante entrevista na RedeTV. Ao Estadão/Broadcast, Eduardo já havia endossado esta semana as críticas que seu irmão Carlos tem lançado sobre Mourão.

O deputado federal, contudo, disse que esse assunto é página virada e que o momento é de focar na reforma da Previdência. “As críticas são válidas, mas já deu”, disse.

Olavo de Carvalho
Na entrevista, Eduardo minimizou a existência de um atrito no governo entre olavistas e militares. Para ele, quando o filósofo Olavo de Carvalho critica alguns militares do governo, são declarações direcionadas ao indivíduo que é criticado e não aos militares em geral. Se Olavo fosse contra os militares, argumentou, estaria sendo contra também o próprio presidente, que é capitão da reserva.

“O Olavo é muito crítico, é rigoroso, às vezes fala palavrão, mas é uma referência filosófica (para o governo). O que o Olavo falava há 20, 30 anos, aconteceu. Ele tem uma sensibilidade muito grande, vale a pena escutar o que o Olavo fala”, disse.

Eleições
O deputado federal negou que esteja se movimentando para ser candidato a prefeito de São Paulo em 2020 e disse também que ainda não sabe se o pai dele está interessado em ser candidato à reeleição em 2022. “Ele meio que desconversa”, disse.

Do Estadão