Toda decisão sobre Venezuela será exclusivamente de Bolsonaro. Será?

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O Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), voltou a se manifestar nesta noite sobre a crise que atinge a Venezuela.

“A situação da Venezuela preocupa a todos. Qualquer hipótese será decidida EXCLUSIVAMENTE pelo Presidente da República, ouvindo o Conselho de Defesa Nacional. O Governo segue unido, juntamente com outras nações, na busca da melhor solução que restabeleça a democracia naquele país”, escreveu Bolsonaro.

O governo Bolsonaro é favorável a Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino do país e opositor a Nicolás Maduro, mas se divide quanto à como se posicionar.

Uma ala próxima ao Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, é favorável a uma ação militar brasileira no país vizinho; já o grupo formado pelos militares do governo se posiciona contrariamente a medida. A Constituição diz que o presidente só pode declarar guerra em caso de agressão externa e após autorização do Congresso Nacional.

Mais cedo, o general Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) disse que o governo descarta intervir no conflito venezuelano.

Heleno declarou que Bolsonaro continuará a encorajar Guaidó, mas respeitando a Constituição, ou seja, sem enviar tropas à Venezuela.

O Vice-presidente, Hamilton Mourão, também havia dito que continua descartada qualquer possibilidade de intervenção militar no país. Na avaliação do vice, que é general da reserva, a ação de Guaidó foi uma “autopropaganda” em busca de apoio.

Mourão e o General Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, são um dos principais opositores a ideia de intervenção militar e os principais alvos do escritor Olavo de Carvalho, ideólogo de setores do governo e da militância bolsonarista mais radical.

Em entrevista ao programa “Brasil Urgente”, Bolsonaro declarou ser “próxima de zero” a possibilidade de intervenção militar no país, já “que não estamos bem de armamento” e “não podemos fazer frente a ninguém”. “Não passa pela nossa cabeça qualquer ação militar na Venezuela”, disse.

De Uol