Nos EUA, lei parecida com a de Bolsonaro foi associada a aumento de 30% na taxa de homicídios

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O médico Eric Fleeger, do setor de emergência do Hospital Infantil de Boston, EUA, está preparando um livro sobre prevenção de danos em jovens e crianças por armas de fogo.

No Jama Internal Medicine deste mês destaca a paralisação da América em relação aos tiroteios em massa, que se tornaram comuns nos Estados Unidos. Ocorrem tanto em casas de culto religioso, como em escolas ou residências.

Há leis, afirma Fleeger, que provocam mais mal do que bem. Em estados, nos EUA, onde é permitida a posse de armas por critérios mínimos, observa-se aumento de 11% na taxa de homicídios por arma de fogo.

A lei “Stand your ground” (defenda seu terreno), que dá imunidade legal a pessoas que usam força letal em autodefesa, foi associada a um aumento de cerca de 30% na taxa de homicídios.

Fleeger afirma que poucas pessoas lembram dos detalhes do tiroteio no ano passado em uma escola da Flórida —que matou 17 estudantes e professores e feriu outros 17. Foi seguido, três meses depois, pelo tiroteio em uma escola do Texas, com dez jovens mortos e outros 13 feridos.

Por outro lado, afirma, estudos mostram a eficácia que a legislação pode ter na redução de mortes por armas de fogo.

As pesquisas apontam que leis que previnem o acesso de crianças a armas de fogo reduzem as lesões não intencionais e as mortes dos pequenos.

De forma semelhante, leis que proíbem a posse de armas por pessoas com antecedentes de violência doméstica resultaram em redução nos homicídios.

Da FSP