Olavistas tem medo de ‘despertar da oposição’ com atos pela educação e contra Bolsonaro
A amplitude das manifestações contra a política educacional de Jair Bolsonaro preocupou governistas ligados a Olavo de Carvalho que veem risco de “despertar da oposição”. O grupo afirma que a maioria dos que foram às ruas é militante ou atrelada a sindicatos, mas diz que, se antes a esquerda estava “perdida, desmobilizada e desunida”, agora ela encontrou uma pauta que abre caminho para “reagrupamento e coesão” –e, portanto, para fazer contraponto efetivo ao presidente.
A análise de parlamentares e auxiliares do presidente no Planalto é a de que houve erro grave no modo como o ministro Abraham Weintraub (Educação) comunicou o bloqueio de verbas. Para a população, avaliam, a impressão que fica é a de que não houve critério técnico.
Os olavistas, porém, acham que Bolsonaro acertou ao afirmar que os que foram às ruas são “massa de manobra”. Dizem que era preciso apontar vínculo entre os manifestantes e um projeto de poder.
A tentativa do governo de buscar ajuda na PGR para destinar os R$ 2,5 bi recuperados da Petrobras pela Lava Jato à educação deve esbarrar no STF, que analisa a destinação da verba. Há pedidos para saúde, segurança, penitenciárias e a capital do Rio.
Da FSP