Hackers fake: agora dá pra entender as “férias” de Moro nos EUA

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Leia a coluna de Meire Cavalcante, jornalista, educadora e co-editora do Blog da Cidadania.

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Após mal completar seis meses como ministro, Sergio Moro tirou uns dias “off”, como diria um típico lambe-botas dos EUA. Agora com a encenação de prender ‘hackers fake’, fica evidente que Moro foi aos EUA pedir orientação para atacar Glenn Greenwald.

Moro ficou cinco dias afastado do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. Voltou dos States nesta segunda-feira (22). O ministro e ex-juiz fake passou a última semana por lá, fingindo estar de buenas, dando um tempo com a família.

Estranha a pausa, considerando a avalanche de denúncias que vem enfrentando desde que o site The Intercept Brasil passou a publicar escandalosas conversas da turma marota de Curitiba, os lavajatenses.

A ‘Vaza Jato’ pegou o marreco de Curitiba, o herói nacional mais mal caráter da história, de calças curtas. Quando o tsunami de denúncias começou, em junho, ele foi correndo pedir socorro aos mentores gringos. Burro como é, achou que indo como ministro poderia dar seus rolês, numa boa, sem ter que dizer onde, como, quando e por quê.

Após as pressões para dizer que raios foi fazer por lá na condição de ministro, Sérgio Moro alterou sua agenda, antecipando seu retorno ao Brasil. Somente na noite do dia 25 o site do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou o itinerário dos compromissos dele nos Estados Unidos, até então sem explicações.

Legal, né? Ministro que viaja em agenda oficial, com dinheiro público, e quer conspirar contra o país sem ser incomodado…

O incrível do comportamento do marreco-todo-poderoso-só-que-não de Curitiba é que ele realmente acha que pode fazer o que quer, apesar da lei, que ele absurdamente demonstrou desconhecer quando atuava como… juiz! Pobres brasileiros. Enganados por um boçal (que agora, finalmente e coerentemente, serve a outro boçal).

Dessa vez, na “trip” com a “sweet happy family”, Moro curtiu numa boa, sem ter que dar satisfações de suas visitinhas suspeitas às agências de inteligência estadunidenses (é isso mesmo, porque americano somos todos, taokey?).

Foi pego com a boca na botija? Chama o FBI!

A desfaçatez de Moro não tem limites. Trata-se de um personagem daqueles que ficam eternizados na história de uma nação como um verme, um lesa-pátria. Nada como o tempo e um Glenn no meio do caminho.

Alíás, vida longa aos EUA! Lá tem Moro lambe-botas, tem FBI, tem Trump, tem uma pá de desgraça. Mas de lá veio Glenn. Yes!

Acompanhemos a palhaçada montada por Moro pra atacar um dos maiores jornalistas do mundo. O roteiro, como previu Eduardo Guimarães, é cristalino e ridiculamente previsível.

Com o tempo, só vão continuar apoiando Moro os assumidamente sem caráter.