Imprensa alemã faz duras críticas a Bolsonaro

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Dois dos principais veículos alemães, a revista Der Spiegel e o jornal semanal Die Zeit, publicam que “É hora de sanções contra o Brasil”, no título da primeira.

“A Europa não deve ficar de braços cruzados enquanto um preconceituoso cético da ciência, movido pelo ódio, sacrifica vastas áreas de floresta para pecuaristas e plantações de soja”, diz a revista.

Sob o título “Comece onde dói”, o jornal se pergunta: “Que diferença faz cortar o dinheiro para conservar florestas de um governo que não tem mesmo qualquer interesse em conservar florestas?”.

E responde que “seria mais promissor começar num ponto que fere mais: os interesses econômicos de seus exportadores, por exemplo, os fazendeiros que vendem carne e soja em larga escala para metade do mundo”.

De imediato, questiona o acordo comercial ainda “preliminar” da União Europeia com o Mercosul: “Não pode haver novos incentivos para o desmatamento”.

INTELIGENTE

Ao fundo, a agência Reuters despachou reportagem de Anthony Boadle sobre a ameaça para o acordo, com alertas de ex-ministros do Meio Ambiente e dos próprios produtores brasileiros. Por outro lado, ouviu, do secretário de Comércio Exterior, Marcos Troyjo, que “a política ambiental deste governo é o uso inteligente dos recursos naturais”.

CHINA BUSCA SOJA

No South China Morning Post, embora a Rússia tenha enviado em julho seu primeiro navio carregado de soja à China, as exportações devem se manter baixas “nos próximos anos”, segundo especialista russo. A busca de alternativas à soja americana segue agora para o Paraguai e o Canadá.

De todo modo, em entrevista à agência Xinhua, o embaixador no Brasil, Yang Wanming, afirmou que, desde a posse de Jair Bolsonaro, “os laços mantiveram um ritmo estável e saudável, e a cooperação em várias áreas continuou”.

‘GHOSTWRITER’

As edições de domingo do New York Times e do Washington Post, separadamente, dedicaram longos perfis a Stephen Miller, 33, “o assessor que escreve a política de Trump” contra imigrantes, sustentado por “forças muito maiores do que sua hostilidade aos nascidos no exterior”.

ABENÇOADO

Já quase eleito na Argentina, Alberto Fernández recebeu o CEO do Mercado Libre e o jornal La Nación, que apoiavam Mauricio Macri. E ganhou um perfil elogioso do Financial Times, que revelou no titulo que o papa Francisco encorajou a reconciliação da oposição (imagem acima).

Da FSP.