Cachoeira é demo-tucano. Ligá-lo ao PT é delinqüência intelectual
A mídia demo-tucana – que, agora, tenta se desvincular de Demóstenes Torres, uma criação sua – vem produzindo distorção revoltante dos fatos ao afirmar que “todos os partidos” estariam envolvidos com Carlinhos Cachoeira. Mentira! Este texto irá provar que comparar a relação dúbia entre um obscuro deputado do PT de Goiás e o bicheiro com as relações íntimas deste com expoentes do PSDB e do DEM, é delinqüência intelectual.
Em 9 de março, a Veja – publicação que mantinha relações íntimas com o criminoso que iam de encontros em restaurantes (etc.) a centenas de ligações telefônicas –, talvez ainda acreditando que aparelhos Nextel habilitados em Miami seriam imperscrutáveis, divulgou, em seu portal na internet, vídeo de 2004 contendo conversa particular entre Cachoeira e o deputado federal pelo PT de Goiás Rubens Otoni que sugere que um ofereceu doação ilegal ao outro.
Isso é tudo, absolutamente tudo o que se tem sobre esse caso além do fato de que, nos anos seguintes, Otoni se transformou em inimigo político de Cachoeira. Apesar de suas palavras ficarem comprometidas após um vídeo em que ele aparece concordando em “não declarar” doação que o bicheiro oferecia, registre-se que alega que desde aquela época (2004) vinha sendo chantageado pelo criminoso justamente por não aceder às suas ofertas.
Seja como for, o vídeo sugere uma relação fortuita, antiga e isolada de um único e obscuro deputado petista com o bicheiro. Pode ter havido, sim, doação ilegal. Mas colocar uma relação como essa, que nem está comprovada, a tudo que há de vasto e comprovado entre Cachoeira e o DEM e o PSDB, é revoltante.
Como comparar a relação dúbia desse obscuro parlamentar e Cachoeira com as relações profundas e extensas de um senador da República do DEM e de dois deputados e um governador do PSDB, ao menos, que foram amplamente documentadas pela Operação Monte Carlo?
Cachoeira tinha linha direta com demos e tucanos, dava celulares a eles nos quais travavam centenas de ligações, encontrava-se com eles em restaurantes, em festas, dava dinheiro a eles, dava presentes, recebia facilitação deles em licitações e na aprovação de uma montanha de indicações a cargos públicos no governo de Goiás.
As escutas da Operação Monte Carlo, gravadas no passado recentíssimo, flagraram apenas políticos do DEM e do PSDB, além de um do PP e outro do PTB. Mas do PT mesmo, não aparece nada. Até porque, a maioria das reportagens da imprensa contra o partido partiu da relação entre a revista Veja e Cachoeira
Deve ser por isso que vazou na internet o inquérito completo da Operação Monte Carlo. Todos os grampos, toda a parte da investigação que ainda estava oculta. Agora, todo esse material pode ser esmiuçado por qualquer um. O vazamento, aliás, pode ter partido de quem quer que qualquer um possa comprovar que Cachoeira era demo-tucano e ponto final.
Até o momento, não há vínculo algum entre Cachoeira e o PT. Nada sequer parecido ao que há entre o bandido e o PSDB e o DEM. Por conta disso, este blog oferece o inquérito completo da Operação Monte Carlo, para que quem quiser tente encontrar uma mísera relação do bicheiro com petistas que pareça minimamente parecida à que ele manteve com demos e tucanos. E deseja boa sorte a quem se aventurar nessa busca infrutífera.
Abaixo, os links para acessar ou até baixar o inquérito completo resultante da Operação Monte Carlo.
Pasta compactada com todos os documentos abaixo
Busca e apreensão 1
Busca e apreensão 2
Comprovante Expresso Turismo
Inquérito Policial
Bancário-Fiscal
Monitoramento Telefônico