Ernesto Araújo, o chanceler “bugado”

Araújo é um principista de um tipo nunca antes visto na chefia deste quase bicentenário Itamaraty. O chanceler-filósofo abusa da verbosidade e dos simbolismos. Explora sem cautela os turnos de fala, incorrendo com frequência em imprecisão e contradição. Aferra-se aos tais “valores ocidentais” sem o recomendável jogo de cintura político. Sua relação pavloviana com certas palavras-chave – Trump, ideologia, Venezuela, PT, liberdade, religião, nacionalismo, Bolsonaro – o impede de fazer modulações e reconsiderações, como na disparatada comparação entre Maduro e Kim.