Mídia e novelista atacam ministra após pedido de colaboração

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Nesta sexta-feira, portais de internet passaram a veicular matérias atacando a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, por pedido oficial que será feito pelo órgão à TV Globo para que esta divulgue informações sobre como mulheres podem buscar ajuda em casos de violência doméstica. As acusações começaram após o novelista Aguinaldo Silva ter se ofendido por julgar que o pedido seria “interferência” em sua obra.

O pedido da Secretaria do governo federal decorreu das cenas de violência doméstica que vêm sendo apresentadas na novela “Fina Estampa”, da Globo. Nessas cenas, um homem violento espanca a mulher e a filha reiteradamente. A Secretaria irá sugerir oficialmente à Globo que sua novela inclua nas cenas a informação de que as vítimas desse tipo de crime podem recorrer à Rede de Atendimento à Mulher, por meio do telefone 180.

Imediatamente após as reclamações do novelista da Globo, o UOL, por exemplo, passou a divulgar “reportagem” opinativa intitulada Depois de comercial de Gisele, ministra quer opinar em novela. Já o portal Terra optou por matéria afirmando que  Governo pede punição a personagem de ‘Fina Estampa’. A matéria afirma que o pedido da ministra teria sido no sentido de que o autor “punisse” o personagem que agride mulheres.

As notícias dos grandes portais sobre o caso revelam que os grandes meios de comunicação e o famoso novelista discordam da premissa de que televisão seja uma concessão pública que tem por obrigação divulgar informações de interesse da sociedade (como a existência de órgãos aos quais mulheres vitimadas por violência doméstica podem recorrer) e, assim, referem-se ao pedido da Secretaria de Políticas para Mulheres como ímpeto censor.

Devido a históricos anteriores de embates entre meios de comunicação e membros de governos petistas, pode-se imaginar que, a partir do pedido da mesma ministra iriny Lopes de que comercial de lingerie com Gisele Bündchen fosse tirado do ar por considerá-lo ofensivo às mulheres, essa ministra se tornou alvo preferencial da artilharia midiática. Logo, logo aparece alguma “denúncia” contra ela “por aí”.