Empresários gastaram 1 milhão no Alvorada para conforto de FHC

Reportagem

alvorada

Havia 18 meses e 28 dias que Lula chegara ao poder quando o PSDB publicou em seu site a senha para a mídia amiga criminalizar decisão de duas dezenas de empresários ligados à Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e da Indústria de Base) de custearem, em 2004, restauração do Palácio da Alvorada, residência oficial do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje ocupada pelo presidente Michel Temer.

Confira matéria publicada em 28 de julho de 2004 no site tucano

http://www.psdb.org.br/um-palacio-em-reforma/

Um palácio em reforma

28 de julho de 2004  

Paredes serão quebradas, pisos arrancados e tetos rebaixados. Ao todo, o projeto de reforma do Palácio da Alvorada, que deve ser iniciado nos próximos dias, altera 14 pontos do prédio, entre eles a modernização de elevadores, a substituição da tubulação de água e a instalação de sistema de ar-condicionado. A revitalização da moradia presidencial atinge a 1,05 mil m² de piso em granito, 1,8 mil m² de revestimento em madeira e 1,1 mil m² de cômodos acarpetados. Se tudo correr como espera o arquiteto Oscar Niemeyer, autor do projeto original, a reforma no Palácio da Alvorada será invisível.

  O projeto que orientará as obras de reestruturação foi obtido com exclusividade pelo Correio. O documento elaborado por arquitetos da confiança e amizade de Oscar Niemeyer revela uma profunda mudança programada para ser imperceptível. Ele foi elaborado há três anos, a pedido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na época, o projeto foi intermediado pela Fundação Banco do Brasil, mas não foi implementado por falta de orçamento. Há alguns meses, a equipe de arquitetos do Palácio da Alvorada resgatou o projeto e promete colocá-lo em prática, com o patrocínio de empresários ligados à Associação Brasileira das Indústrias de Base (Abdib). A previsão de gastos é de R$ 16 milhões.

  O principal objetivo da reforma que deve ser iniciada assim que o presidente Lula retornar da África, é reparar os danos causados ao palácio pelo ação do tempo. Providências como: recuperar o brilho do mármore desbotado pelo sol, acelerar elevadores, e juntar as peças de madeira, afastadas por causa das diferenças de temperatura. Em um dos salões do Alvorada, há baldes de plástico espalhados para evitar que os pingos d’água de infiltrações, provocadas por vazamentos no sistema hidráulico, estraguem o piso.

  Uma observação aparece em quase todos os 26 capítulos que compõem o projeto assinado pela equipe de Niemeyer: trocar só o que for necessário e sempre respeitando o desenho original. Cor, textura, polimento e alinhamento devem seguir os padrões originais de quando o palácio foi construído, há 46 anos. A preferência sempre é por restaurar. A substituição só é pensada quando o material já não suporta ser recuperado ou quando a estrutura do prédio for comprometida.

  Uma das mudanças que Lula e dona Marisa vão desfrutar com a reforma é o conforto de controlar a temperatura do ar. Serão instalados dois aparelhos de ar-condicionado nos principais salões do Alvorada, o de Estado, onde o presidente recebe as visitas, e o de banquetes, onde são servidos os jantares para convidados ilustres. Também será instalado um aparelho na capela do Alvorada. Por conta desta obra, algumas paredes serão quebradas, mas a ordem é que tudo fique como era antes.

  A previsão é que Lula e dona Marisa se mudem para a Granja do Torto enquanto o palácio estiver em obras, que devem durar pelo menos seis meses.

As obras no Alvorada

Instalação de ar-condicionado

  O sistema de ar-condicionado será instalado em três ambientes do Palácio da Alvorada: no salão de banquete, onde são oferecidos os almoços e jantares em dias de comemorações e no salão de Estado, a sala de visitas do presidente Lula. Nesses dois locais o sistema será independente, do tipo fancoil, que funciona à base de água gelada. Também será instalada uma unidade na capela do Alvorada, mas o aparelho será o mais simples (split), que resfria o ambiente por meio da troca de ar.

Reforma da portaria

  A laje que cobre a secretaria, a copa, o sanitário, o alojamento de plantão de imprensa e a torre de caixa d’água com sanitários públicos será ampliada com o objetivo de reforçar a proteção do acesso principal à residência. Também será criada uma entrada específica de serviço, que terá uma guarita de controle. Hoje, o trânsito dos veículos de serviço é o mesmo por onde passa a comitiva presidencial. O aumento da laje será feito por meio de uma estrutura metálica revestida em mármore.

Recuperação dos pisos das varandas

  Algumas peças dos 1.058 m2 de varanda do Alvorada estão trincadas e queimadas pelo sol. O projeto de reforma prevê a substituição apenas das que estiverem em pior estado, sem condição de serem restauradas. O piso da varanda é de granito Tijuca preto, medindo aproximadamente 50×50 e com dois centímetros de espessura. Uma empresa especializada em limpeza de pedras será contratada para dar o polimento no piso.  

Recuperação dos pisos em madeira

  Os pisos do segundo andar, em tábua corrida, serão mantidos, por estarem bem conservados na avaliação dos arquitetos. Eles ocupam 430m2. No térreo, onde o piso é de Jacarandá da Bahia há sinais de desgaste, como desbotamento causado pelo sol nos locais onde não há tapetes persas. Algumas partes do piso, que ocupa 1.365 m2 no térreo, têm peças de madeira apodrecidas. O estrago foi causado por vazamento na esquadria. Também foram identificadas peças de madeira com manchas, causadas pelo uso inadequado de solventes. Nesses locais, o projeto de reforma proposto por Oscar Niemeyer sugere a lixação, calafetagem (vedar as fendas entre uma tábua e outra com um tipo de massa) e enceramento geral.

Recuperação do piso em carpetes

  Todo o carpete da casa será trocado, mas a qualidade, a espessura e a cor do novo carpete serão as mesmas do que foi retirado. Os cômodos acarpetados somam 1.120 m2.

Reforma das copas e banheiros

  Essa é a parte considerada mais complicada pela equipe que elaborou o projeto de recuperação do Alvorada. As instalações hidráulicas serão trocadas o que comprometerá também o acabamento em granito e mármore, que apesar de ter boa conservação, terá de ser destruído para a reforma na tubulação de água. Os arquitetos responsáveis pela reforma descartaram a possibilidade da substituição parcial das peças por julgarem que a providência poderia prejudicar a unidade arquitetônica da obra de Oscar Niemeyer. Uma das exigências é a de que as peças para reposição sejam as mesmas que foram retiradas para a reforma hidráulica. O granito usado será o preto Tijuca e o mármore o branco Paraná e o rosa Imperial.

Alvenaria

  Na avaliação dos arquitetos que colaboram com o projeto de Oscar Niemeyer, as paredes do Alvorada estão bem conservadas e não precisariam de nenhuma reforma não fosse a necessidade de quebrá-las para a instalação do ar-condicionado e para a substituição das tubulações de água. Nesse caso, algumas das recomendações da equipe de Niemeyer são de que se use tijolos de cerâmica de ”1ª categoria”, que as juntas tenham espessura máxima de 15mm e que o ”prumo e o alinhamento sejam rigorosos”.

Pintura

  A pintura do interior da casa respeitará o projeto inicial. As paredes e tetos serão pintados em PVA branco neve e as portas terão a mesma cor, porém, em esmalte sintético. Nas copas, paredes e tetos levam pintura acrílica.

Lambris de madeiras

  Os lambris de madeira são frisos usados para acabamento em parede de madeira, usadas em alguns ambientes. No Alvorada, eles são feitos de jacarandá da Bahia e pau-marfim. A instalação dos aparelhos de ar-condicionado vai comprometer algumas dessas estruturas, que deverão ser substituídas por peças idênticas.

Azulejos

  As paredes revestidas com azulejos ficam na copa principal, no térreo do Palácio da Alvorada, na cozinha e nos banheiros. Só serão retocados se forem danificados por conta da reforma da parte hidráulica. Nesse caso, serão substituídos por peças brancas, de 1ª qualidade, segundo especifica o relatório da reforma, de esmalte liso e vitrificação homogênea. A paginação existente será preservada.

Tetos

  Os tetos dos banheiros no térreo serão rebaixados para a instalação dos aparelhos de ar-condicionado. A laje existente será substituída por outra, metálica, com acabamento em gesso.

Impermeabilização

  Apenas a capela e a casa de máquinas da piscina serão submetidas ao processo de impermeabilização, em que serão substituídos os rejuntes das pedras que compõem o ambiente. Nos lugares onde houver piso em madeira, o projeto de reforma sugere a calafetação, ou seja, substituição do material usado para vedar o espaço entre uma peça e outra.

Esquadrias

  As esquadrias atuais são de alumínio natural. Em alguns lugares das fachadas norte e sul do Palácio da Alvorada, em que não há a proteção da varanda, as esquadrias estão danificadas. Na parte leste e oeste da casa, são os rodapés que estão danificados. A substituição das peças deverá obedecer ao projeto original.

Modernização dos elevadores

  Os sistemas de fiação e controle dos elevadores e monta pratos (usados para transportar refeições de um andar para outro) serão substituídos por sistemas mais rápidos do que o que existe hoje. A estrutura das cabines dos elevadores será mantida, mas a do monta prato serão alteradas. O sistema deixará de ser manual e passará a contar com um comando eletromecânico e o acabamento será em aço inoxidável.

O valor

R$ 16 milhões

é dinheiro suficiente para a construção de mais de 2.600 moradias para a população de baixa renda, de acordo com o preço médio considerado para os programas habitacionais do governo, que é de aproximadamente R$ 6.000

A partir dali, começaram os ataques na imprensa. Seria “imoral” empresários doarem recursos para restauração de patrimônio público, apesar de que a Abdib, que conduziu a reforma, afirmou, naquela, matéria que os seus gastos com o Alvorada representariam 3% de seus gastos totais, à época, com restauração de patrimônio histórico.

Apesar dos ataques, o projeto andou. O acerto final de Lula para a parceria com a Abdib ocorreu um mês antes, durante jantar no Alvorada. Ele foi consultado sobre a possibilidade pelos empresários da entidade no seminário sobre infraestrutura ocorrido havia pouco em um hotel em Brasília.

O então presidente, antes de aceitar a ajuda dos empresários, pediu uma análise da assessoria jurídica da Presidência da República. A partir da confirmação de que não haveria qualquer irregularidade na parceria, ele convidou 15 empresários filiados à Abdib para jantar no Alvorada e conhecer de perto o que precisava ser restaurado no local.

A Abdib aceitou a proposta e também cedeu a mão-de-obra e o material de construção.

Durante o período de restauração, Lula foi morar na Granja do Torto por seis meses, até que a restauração fosse concluída.

Participaram daquele jantar com Lula no Alvorada os empresários Abílio Diniz (Pão de Açúcar), Raphael Antônio Freitas (Camargo Correa), Fernando Arruda Botelho (Camargo Correa), David Feffer (Suzano), Eduardo Eugênio (Ipiranga), Emílio Odebrecht (Odebrecht), Jorge Gerdau (Grupo Gerdau), José Augusto Marques (presidente da Abdib), Marcos Galvão (Queirós Galvão), João de Queirós Galvão (Queirós Galvão), Paulo Godoy (Alusa), Roger Agnelli (Cia. Vale do Rio Doce), Maurílio Biagi (Santa Elisa), Sérgio Andrade (Andrade Gutierrez), Victorio de Marchi (Ambev).

Fazia todo sentido Lula apelar a ricaços para doarem – ou devolverem – um pouco do butim à coisa pública. O Estado brasileiro deveria bancar a reforma, mas em 2004 o país ainda estava se recuperando da quebradeira ao longo do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso e, assim, pedir a empresários uma doação ao país foi, antes de mais nada, um ato de civismo do então presidente da República.

Essa reforma do Palácio não foi feita “para Lula”, foi feita para preservar o patrimônio público.

Claro que é um pouco ridícula essa profusão de palácios para os governantes brasileiros – um para trabalhar, outro para morar. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Casa Branca é a residência oficial e principal local de trabalho do Presidente, sendo, ao mesmo tempo, a sede oficial do poder executivo naquele país.

Na Inglaterra, 10 Downing Street é a residência oficial e o escritório do primeiro-ministro do Reino Unido enquanto sede do governo de Sua Majestade. Situa-se na Downing Street, na Cidade de Westminster, em Londres, Inglaterra.

Porém, o Palácio da Alvorada, projetado por Oscar Niemeyer, faz parte do conjunto arquitetônico de Brasília tombado pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade. O mínimo que se deveria esperar é que fosse tão bem cuidado como a Casa Branca ou 10 Downing Street, mas, quando Lula aportou no Palácio, estava caindo aos pedaços.

Tanto é que as obras de restauração custaram quase vinte milhões de reais – à época. Mas foi um dinheiro bem gasto, foi gasto com a preservação do patrimônio histórico de Brasília e não com itens de conforto para o presidente da República e sua família.

A reforma do palácio da Alvorada ocorreu entre meados de 2004 e fins de 2005 e custou 18,4 milhões de reais. Foi feita para recuperar a estrutura da edificação, acima de tudo. Por isso custou caro, mas não aos cofres públicos.

O muito pouca gente sabe é que em 1999 o governo Fernando Henrique Cardoso decidiu fazer uma reforma meia-boca no Palácio da Alvorada, voltada muito mais para itens de conforto do casal presidencial que o ocupava. Tudo foi feito na surdina. A imprensa praticamente não noticiou.

A notícia saiu no Diário do Grande ABC de 7 de dezembro de 1999.

 

http://www.dgabc.com.br/Noticia/222131/reforma-do-palacio-da-alvorada-custara-rs-1-192-milhao

Publicado em terça-feira, 7 de dezembro de 1999 às 22:25 Histórico

Reforma do Palácio da Alvorada custará R$ 1,192 milhao

Do Diário do Grande ABC

O custo total da reforma no Palácio da Alvorada será de R$ 1,192 milhao. Só o projeto elaborado pelo escritório do arquiteto Oscar Niemeyer – o autor do projeto arquitetônico da cidade de Brasília – custou R$ 356 mil. Além disso, a reforma incluirá gastos de R$ 384 mil para a compra de mobiliário e tapetes e R$ 452 mil para a instalaçao de ar condicionado em dois saloes do palácio. Os custos serao pagos por meio de recursos privados arrecadados com base na Lei de Incentivo à Cultura.

Os números detalhados da reforma do Alvorada foram divulgados nesta terça-feira pelo chefe do cerimonial do Planalto, embaixador Valter Pecly. Nos custos nao estao incluídos o projeto de iluminaçao feito por Hans Donner, responsável pelas vinhetas de apresentaçao de programas da TV Globo. Segundo Pecly, o custo total da reforma na iluminaçao será de R$ 170 mil e, se a Fundaçao Banco do Brasil conseguir captar mais recursos além do 1,1 milhao, ele será realizado.

Os problemas de vazamentos e entupimentos em banheiros da área social e área íntima usados pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e dona Ruth serao resolvidos com dotaçoes da Presidência da República. O embaixador Pecly explicou que além de aceitar os projetos de troca de móveis e de iluminaçao do palácio, o escritório do arquiteto Oscar Niemeyer também elaborou o projeto para a instalaçao do ar condicionado em dois saloes.

Os móveis serao adquiridos na empresa Forma, de Sao Paulo, com dispensa de licitaçao. “Só a loja fabrica móveis deste estilo”, justificou Pecly. Sao ao todo 50 peças – entre sofás, cadeiras, mesas e mesas de centro, além de puffs e banquetas. Neste total está incluída ainda a troca de seis tapetes. Saem os tapetes orientais e entram tapetes de la de carneiro, feitos a mao, mais modernos. A Presidência irá fazer licitaçao, a partir de janeiro do próximo ano, para a instalaçao do ar condicionado em dois saloes.

O presidente Fernando Henrique autorizou a reforma no Alvorada para acabar com problemas crônicos de vazamento nos banheiros, móveis rasgados e encardidos e o calor dos saloes onde costuma receber presidentes e autoridades estrangeiras e políticos e personalidades brasileiras.

Em 1997, durante a visita do presidente norte-americano Bill Clinton ao país, para disfarçar o vazamento que o banheiro do presidente estava provocando na biblioteca do Alvorada, os assessores colocaram um lixeira preta no centro da sala. “Os pingos caiam enquanto os dois presidentes conversavam”, lembrou um assessor.

Ora, a reforma feita por empresários no Alvorada no governo FHC custou 1,192 milhão de reais. Desse montante, R$ 384 mil foram para a compra de mobiliário e tapetes e R$ 452 mil para a instalação de ar condicionado em dois salões do palácio. Só esses dois itens consumiram SETENTA POR CENTO da “reforma”.

Ninguém questionou. Não saiu uma só matéria atacando a obra.

A reforma de 2004/2005 feita no Alvorada sob Lula levou dez meses de obras que consumiram R$ 18,4 milhões; foram reformados 10 mil metros quadrados da área interna do palácio e outros 7,9 mil metros quadrados de anexos. Toda a rede elétrica foi substituída e 80% das instalações hidráulicas foram trocadas.

Nos dois casos, empresários doaram recursos para melhorar o palácio. Qual das duas reformas o leitor acha que beneficiou mais o patrimônio público?

Resta saber por que a “isenta” Folha de São Paulo não chiou quando empresários gastaram mais de 1 milhão de reais para pôr ar-condicionado e tapeçarias no Palácio da Alvorada.

Agora, vale refletir sobre notícia recente da Folha de São Paulo, segundo a qual a primeira-dama, Marcela Temer, decidiu fazer adaptações e mudanças em um dos dormitórios do Palácio da Alvorada para acomodar o filho caçula do presidente, Michelzinho, 7.

Segundo a Folha, o quarto da criança fica na área privada, no segundo andar da residência oficial, próximo ao dormitório presidencial. Na gestão de Dilma, a sala servia como uma espécie de escritório da petista, com prateleiras, sofá, televisão e computador. Para transformar o dormitório em um quarto de criança, os móveis estão sendo trocados e as paredes e o teto deverão ser pintados.

Além da reforma no quarto, a primeira-dama ganhou um escritório no Palácio do Alvorada para atuar como embaixadora do programa social “Criança Feliz”. A estrutura foi montada no primeiro andar, próxima à área da biblioteca. O Planalto nem informou o custo das obras.

O presidente chegou a disponibilizar um gabinete para a primeira-dama no terceiro andar do Palácio do Planalto, com vista privilegiada para a Praça dos Três Poderes, mas ela optou por despachar na residência oficial.

Não é a primeira vez que Temer realiza adaptações em uma residência oficial para acomodar o filho caçula. Em 2011, quando ele se mudou para o Jaburu, foram colocadas proteções em janelas e na piscina para evitar que Michelzinho sofresse acidente.

Nunca houve qualquer questionamento sobre as obras feitas no Alvorada quando os ocupantes do Palácio não eram Lula e família. Pelo visto, o que despertou a fúria investigativa e a veia crítica dessa “imprensa” foi a classe social originária de Lula. A questão, percebe-se, não foi nem a reforma, foi um pau-de-arara ter se tornado presidente.