MPT deve ao país nomes das famílias que escravizam domésticas
Em 2011, o Globo Repórter veiculou reportagem sobre as condições desumanas de trabalho a que eram submetidas empregadas domésticas das Filipinas. De lá para cá, o Brasil demonstrou que não é muito melhor que o país asiático.
Naquela época, havia uma quase cômica convulsão social entre as madames brasileiras porque, como o país melhorava ano após ano, incluindo socialmente os mais pobres e distribuindo renda, estava faltando empregada doméstica.
Em 2013, reportagem do Jornal Hoje, da Globo, falava do fenômeno:
“Está faltando empregada doméstica em todo o Brasil. Em São Paulo, tem patrão oferecendo salário de até R$ 2 mil para a empregada doméstica que concorde em dormir no emprego. A explicação para isso é que as mulheres estão estudando mais e trocando o trabalho doméstico por empregos mais qualificados”.
Naquele mesmo ano, a imprensa brasileira noticiou que empresas como uma tal Global Talent estavam “importando” domésticas das Filipinas para acalmar as madames em crise de abstinência escravagista.
Eis que, em 2017, explode o escândalo. A Superintendência Regional do Trabalho (SDRT) em São Paulo e o Ministério do Trabalho constataram que mulheres filipinas estão trabalhando no Brasil como domésticas em regime de escravidão. Há três casos confirmados e vários outros serão investigados.
O mais engraçado é que, em um escândalo como esse, até agora ninguém sabe quem são essas famílias ricas escravagistas. Tem-se os nomes das empresas que trazem as filipinas para o Brasil, mas quem escraviza não são as empresas, mas as famílias que usam essa mão de obra e a submete a tais condições de trabalho.
Assista, abaixo, a reportagem do Blog sobre esse caso e una-se a esta página na luta contra a exploração do trabalho escravo por ricaços paulistas.
APÓS A REPORTAGEM, LEIA APELO DO BLOG DA CIDADANIA AOS LEITORES
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