Folha de SP defende ração de Doria sem explicar por quê
Diz o editorial da Folha de São Paulo deste sábado, 21 de outubro, intitulado “Farinha pouca”, que o tal “complemento alimentar” foi “(…) depreciado como ‘ração’ por adversários do prefeito, assim como por nutricionistas e celebridades ‘gourmet’ que se precipitaram nas críticas sem saber ao certo o que deploravam (…)”.
O texto dá a impressão de que foram curiosos que criticaram a ração doriana. As críticas, porém, partiram do Conselho Regional de Nutricionistas e do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), entre outros especialistas.
Mas se o jornal tem informações que lhe permitam defender assim, veladamente, a gororoba, que traga essas preciosas informações a público. Quem produz a “farinata”, como é produzida, onde é produzida, que garantias a Folha tem de que o “alimento” é seguro? O que a Folha sabe que ninguém mais sabe?
Vale lembrar que, segundo matéria do jornal O Globo divulgada no mesmo dia, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) negou que tenha parceria com a farinata. A entidade ainda esclareceu que jamais premiou o composto produzido a partir de alimentos próximos à data de vencimento.
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar em São Paulo (Consea-SP) foi outro órgão a afirmar não ter dado aval ao complemento alimentar. Em defesa da farinha, a oscip Plataforma Sinergia, dona da patente do produto, cita os dois órgãos (Fao e Consea) como parceiros. Os órgãos são insuspeitos de serem “adversários” de Doria.
Abaixo, o editorial em questão