A PROVA de que Temer VENDEU lei trabalhista a patrões

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Revista da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revela promiscuidade entre o governo Temer e empresários que resultou em leis trabalhistas recém-promulgadas. A lei do “trabalho intermitente” foi “negociada” com o presidente da Abrasel e este escolheu inclusive o nome “intermitente” para pôr na lei. Lobby no Planalto! Escândalo!

Antes de qualquer coisa, vamos ler o editorial em tela.

Vale, também, ver quem pilota essa publicação

Como se vê, no expediente da publicação Bares e Restaurantes, pertencente à Abrasel, o presidente executivo da entidade, Paulo Solmucci Júnior, é o responsável por esse editorial em que, na maior caradura, confessa que não só encomendou a Michel Temer a lei do trabalho “intermitente” no Brasil como, também, a batizou (!).

Confira, abaixo, reportagem da mesma revista da Abrasel que relata o encontro do presidente  da entidade, o tal Paulo Solmucci, com Michel Temer para festejarem a aprovação da lei que ela encomendou ao governo federal e que promoverá uma precarização incomparável do trabalho assalariado no Brasil, a lei do trabalho “intermitente”.

Solmucci diz claramente, em seu “editorial”, que “A Abrasel criou o movimento em torno do trabalho intermitente”. Tradução: fez lobby junto ao governo Temer para que fosse criada uma lei que a mera leitura da apologia que a Abrasel faz dela já mostra como será danosa aos brasileiros.

Confira:

O contrato de trabalho sem jornada pré-estabelecida é comum nos países do Hemisfério Norte. Desde que se tornaram corriqueiros os programas de intercâmbio estudantil, a partir dos anos 1970, víamos que nossos jovens, quando iam para o exterior, lá conciliavam o trabalho com o estudo, na maior tranquilidade. A maior parte deles, trabalhando – em dias e horários flexíveis – nos bares, cafés, bistrôs e restaurantes.Por aqui, as resistências sempre foram homéricas. Mas, agora o Brasil deixou de ser contra a água encanada

É isso mesmo, essa associação comercial (Abrasel) deu o nome e a redação da parte da lei 13.467/2017 que trata do “trabalho intermitente”. E quem confessa isso é o próprio presidente da entidade (vide aspas acima).

Primeiro, consideremos que é uma cretinice sem tamanho comparar com o mercado brasileiro o mercado dos países ricos nos quais vão estudar os filhos da elite branca e nos quais eles fazem bicos muito bem remunerados.

Não é o caso do Brasil. Aqui, não são filhos de estrangeiros ricos que trabalham em bares e restaurantes como bico para reforçar a renda enquanto estudam nosso idioma, como acontece com os filhos da elite brasileira que vão estudar inglês nos países ricos.

Aqui, quem trabalha nessa área são país e famílias e jovens pobres que precisam desesperadamente de empregos fixos. E a lei do trabalho intermitente fará com que caia drasticamente o nível de emprego formal e celetista em setores como o de bares e restaurantes…

Os empresários desses estabelecimentos tinham mais funcionários do que usavam o tempo todo, e isso por conta dos dias de maior demanda, sobretudo os dias de fim de semana.

Agora, esses empresários mandarão empregados fixos embora e, quando o movimento apertar, nos fins de semana, chamam os temporários, ou “intermitentes”, para um “bico”.

É podre e, possivelmente, ilegal. O que envolveu esse lobby? A lei em tela não é uma demanda da sociedade que criou a lei do trabalho intermitente. Não é, nem mesmo, proveniente de estudos e tendências mundiais.

A lei do trabalho intermitente, como se vê, decorre dce gestão de um grupelho de donos de restaurantes e bares para economizarem com mão de obra, para poderem demitir grande parte dos funcionários, como mostram, nos exemplos abaixo, empresas que utilizarão esse tipo de mão de obra

O mais duro é um escândalo como esse ficar por isso mesmo. Não haverá Polícia Federal, Ministério Público nem imprensa para denunciar

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Confira, abaixo, a reportagem do Blog para o TV Cidadania