Bolsonaro comete CRIME ao usar milícia contra Lula

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Na última quinta-feira, o jornal Valor Econômico noticiou que, durante o último ato da caravana do ex-presidente Lula que percorre municípios do Rio de Janeiro, mais especificamente no município de Nova Iguaçu, na Praça Rui Barbosa, houve um enfrentamento entre os partidários do ex-presidente e do deputado fluminense Jair Bolsonaro.

Até aí, nada demais. Por preocupante que seja ver grupos políticos se enfrentando com violência nas ruas, não seria nem a primeira nem a última vez que esse tipo de choque ocorreria.

Aliás, daqui para o ano que vem ocorrerão mais amiúde, conforme o crime pré-eleitoral for esquentando.

Porém, informações do Valor Econômico constituem motivo para preocupação. Para entender quem violou a lei de forma criminosa nesse caso, porém, é preciso repisar o artigo 5º, inciso XVI da Constituição Federal, que assegura que:

“Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”

Ponto.

Ora, a manifestação de Lula na praça de Nova Iguaçu foi convocada para aquele dia e hora e as autoridades locais foram avisadas. A ação provocadora do grupo bolsonarista foi ilegal, mas também não seria nem a primeira nem a última vez que extremistas de direita invadiram eventos de esquerda para provocar.

Porém, há um agravante em tudo isso, conforme a reportagem do valor. Foi transcrever o trecho da matéria que causa preocupação e, simultaneamente, constitui uma ação criminosa de Jair Bolsonaro e seu grupo político.

Confira o trecho:

Como se vê, a agressão foi preparada pelo estafe político de Bolsonaro, ou seja, pelo próprio, pois é evidente que seus assessores e correligionários diretos não preparariam um ataque direito ao adversário político e provável adversário em 2018 sem a sua autorização.

Na opinião desta página, se nada for feito, se ficar por isso mesmo, Bolsonaro passará a usar uma tática que foi muito usada durante a ascensão do nazismo na Alemanha dos anos 1920/1930.

Sturmabteilung (em alemão, “Destacamento Tempestade”) foi a milícia paramilitar nazista durante o período em que o Nacional Socialismo exercia o poder na Alemanha, também conhecida como “camisas-pardas”.

As Sturmabteilung constituíram, em certo momento, uma das instituições mais ativas da vida pública da Alemanha, e um dos esteios do poder político de Adolf Hitler. Deve-se ressaltar que os camisas-pardas não funcionavam como um exército. O próprio Hitler via a milícia como uma tropa de pressão política, exatamente como o grupo que tentou impedir que adversários políticos se manifestassem livremente em Nova Iguaçu.

Legalmente, se ficar provado que Bolsonaro organizou o ataque à manifestação dos adversários políticos, terá cometido um crime eleitoral que poderia até tirá-lo da sucessão presidencial do ano que vem.

O PT deveria apurar a ação dos “camisas-pardas” de Bolsonaro. Primeiro, porque constitui crime; segundo, porque esse tipo de ação não irá parar se não houver reação; terceiro, porque esse crime não pode ficar impune. Deveria ser suficiente para tirar Bolsonazi da eleição de 2018.

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Assista, abaixo, a reportagem em vídeo e, em seguida, um segundo vídeo que explica como você pode ser notificado toda vez que o Blog da Cidadania publicar nova matéria.

 

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