Polícia descobre que MBL faz concorrência no ramo de atividade do PCC
O Blog da Cidadania vem dizendo, desde que Temer usurpou a Presidência da República, que o maior escândalo deste período trágico da história (no qual esse indivíduo governa o país) será marcado por um escândalo acima de qualquer outro: a relação de Temer com os bandoleiros do MBL, um dos movimentos de extrema-direita criados sob financiamento obscuro com vistas a substituir o governo do Partido dos Trabalhadores por um governo do Partido dos Patrões.
Contudo, a razão de a era Temer vir a ter o MBL como seu maior escândalo nada tem que ver com a agenda patronal imposta ao país pelo político que participou da conspiração político-empresarial para derrubar Dilma Rousseff. A razão é a quantidade de picaretas e estelionatários na “direção” desse “movimento”.
A afirmação supra explicitada se evidencia a partir de reportagens que circularam nos últimos dias sobre (novas) ações criminosas envolvendo a direção do MBL.
Recentemente, o sub-secretário municipal de Tecnologia e Comunicação de Embu das Artes (SP), Renato Oliveira, foi exonerado do cargo após uma investigação da polícia civil revelar que, na madrugada do último 28 de dezembro, ele jogou um carro Hyundai i30 contra um jornalista que vinha fazendo reportagem contra o prefeito daquela cidade, Ney Santos, ligado ao MBL.
Na internet, o MBL está garantindo que irá processar o site Mídia Ninja e o deputado federal Jean Wyllys, primeiros a chamarem a atenção para a relação de Renato com o grupo. Ainda segundo o MBL, Renato era um simples “voluntário” e foi expulso do movimento por “não ostentar os valores éticos, morais e político/ideológicos” defendidos por eles.
No vídeo abaixo, porém, é possível constatar que Renato Oliveira exercia função de liderança nas manifestações organizadas pelo MBL.
Há imagens na internet que mostram a relação próxima de Renato Oliveira com os cabeças do MBL, Kim Kataguiri, Renan Santos e Fernando Holiday.
Apesar do desespero do MBL para tentar desvincular o nome de Renato Oliveira do grupo, o jovem sempre foi considerado um dos “meninos de ouro” da organização. Ele era apontado como virtuoso conhecedor em redes sociais.
A primeira aparição pública de Renato Oliveira foi em 2014. Na ocasião, ele ficou conhecido por defender o deputado federal Jair Bolsonaro no programa Jô Soares, da TV Globo:
Outro membro da direção do MBL envolvido com o crime é Renan Santos, ou Renan Antônio Ferreira dos Santos, um dos três coordenadores nacionais do MBL
Segundo reportagem do UOL, Renan é réu em 16 ações cíveis e 45 processos trabalhistas, incluindo os que estão em seu nome e o das empresas de que é sócio. Ele nega irregularidades. As acusações incluem fechamento fraudulento de empresas, dívidas fiscais, fraude contra credores, calote em pagamento de dívidas trabalhistas e ações de danos morais, num total de R$ 4,9 milhões.