Exército diz que brasileiro tem direitos demais e poucos deveres
Em resposta a perguntas feitas pelo site The Intercept, o Centro de Comunicação do Exército brasileiro afirmou que existe hoje, no país, “uma excessiva compreensão com direitos”.
“O princípio da autoridade deve ser fortalecido e o sentido de disciplina social deve ser recuperado”, diz o Exército.
Instado a comparar o momento atual e o período de ditadura militar instaurada em 1964, o Exército respondeu que “Atualmente, a falta de um projeto nacional tem impedido que a sociedade convirja para objetivos comuns. Isso inclui, até mesmo, a necessidade de referências claras de liderança política que nos levem a bom porto”.
Para o Exército, o Brasil é hoje “um país muito mais complexo e sofisticado” do que na década de 1960 e “é chegada a hora de consentir que o período que engloba 1964 é história e assim deve ser percebido”.
Em breve pesquisa, o Blog da Cidadania descobriu que a tese sobre direitos excessivos vertida pelo Centro de Comunicação do Exército tem origem na cabeça do comandante da instituição, general Villas Bôas.
Em reportagem da Folha de São Paulo publicada em 29 de julho de 2017 sob o título “Saída da crise deve vir da eleição de 2018, diz comandante do Exército”, Villas Bôas dá a seguinte declaração:
“O princípio da autoridade deve ser fortalecido e o sentido da disciplina social e do coletivo nacional –sem luta de classes– deve ser recuperado. Existe no Brasil uma excessiva compreensão com direitos e uma enorme negligência com deveres”
Nesse aspecto, o Exércio brasileiro deve estar muito satisfeito com o governo Michel Temer, porque poucas vezes na história um governo reduziu tantos os direitos dos cidadãos quanto o atual.