Jornal gaúcho calunia editor do Blog da Cidadania

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Eduardo Guimarães

O telefone do “Jornal da Cidade” é de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Uma moça atendeu minha ligação:

— Jornal da Cidade, bom dia.

Na conversa, a moça revelou que o editor do Jornal seria a única pessoa que poderia falar comigo e que ela, que estava me atendendo, seria “apenas” uma recepcionista/telefonista de várias empresas que ocupam o que seria um “escritório compartilhado”.

Pediu-me que ligasse mais tarde e falasse com José Tolentino, o editor.

Perscrutando o site do tal “jornal”, descobri o nome do editor e um telefone celular de Mato Grosso do Sul. Liguei. Tolentino, o editor, atendeu.

Disse a ele que o seu jornal publicou uma informação falsa a meu respeito e que quero uma retificação. O sujeito disse que posso escrever minha “versão” para o jornal dele, mas se recusou a retificar a informação falsa.

A matéria do “Jornal da Cidade” me citou em tom de acusação por post publicado nesta página intitulado “Pedido de Lula ao STF vencerá por 7 a 4” https://blogdacidadania.com.br/2018/02/pedido-de-lula-ao-stf-vencera-por-7-4/

A matéria parece julgar ilegais as críticas desta página à ministra Cármen Lúcia e, pior, o prognóstico que fiz calcado em matéria da Folha de São Paulo que dá conta do isolamento da presidente do Supremo por se recusar a pautar a prisão após condenação em segunda instância e da avaliação do ministro Celso de Mello de que sete ministros votariam contra.

Até aí, nada demais. Ignorância e desinformação não são crimes – por enquanto, porque o Estado policial trabalha diuturnamente. O problema é quando o autor (desconhecido, porque a matéria é apócrifa) decide apresentar este blogueiro aos seus leitores.

O tal “Jornal da Cidade” decide me apresentar pelo viés de minha condução coercitiva em 21 de março de 2017, dizendo que foi levado à força para depor pela Policia Federal  “(…) Por suspeita de envolvimento em ilicitudes durante as gestões petistas (…)”.

Trocando em miúdos: eu seria suspeito de ter cometido crimes – assim mesmo, no plural – durante “gestões petistas”, quando, na verdade, foi levado coercitivamente para depor devido a uma reportagem que publiquei nesta página dizendo que Lula seria alvo da 24ª fase da Lava Jato. Sergio Moro e a PF me acusaram de “vazar” a informação antecipadamente para Lula, apesar de que essa informação foi divulgada nesta página, publicamente, uma semana antes da condução coercitiva do ex-presidente.

Seja como for, a causa real de minha condução coercitiva está muito longe de ter qualquer relação com “gestões petistas”, ou seja, governos do PT – presumivelmente de Lula e/ou Dilma Rousseff, mas nem isso foi informado aos leitores do tal “jornal”.

Pedi ao tal Tolentino que retificasse a informação e ele se recusou, mesmo após ser informado, repetidas vezes, de que a informação que publicou é falsa, pois minha condução coercitiva nada teve que ver com “gestões petistas”.

O mais impressionante é esse indivíduo pilotar (supostamente) um jornal e não saber que os ministros do Supremo são criticados o tempo todo, até quando pegam um avião, e que o prognóstico sobre a votação no Supremo saiu em todos os grandes jornais.

O pior é alguém que diz ter um “jornal” nem procurar saber direito o que foi que aconteceu comigo antes de me acusar com a flagrante intenção de desqualificar minha opinião.

Se esse “editor do Jornal da Cidade” tivesse gastado 10 minutos em uma busca no Google, veria matérias de todos os grandes jornais, revistas, rádios, telejornais e portais de internet do Brasil durante quase um mês falando do assunto e descobriria a causa real de minha condução coercitiva.

O tal Tolentino descobriria, também, que nunca fui sequer indiciado por essa afirmação absurda de que, por publicar uma reportagem neste site, eu estaria querendo “avisar” o ex-presidente Lula de alguma coisa, já que qualquer pessoa com cérebro enxerga que, para avisar alguém furtivamente, não se coloca reportagem em site e, sim, envia-se uma mensagem por whats app, messenger, e-mail, telefone etc.

Ou vai-se até a pessoa e diz-se o que há para ser dito, cara a cara.

Muita gente sabe quem é Eduardo Guimarães e também sabe que nunca, jamais conseguiram sequer citar uma mísera participação minha em ilegalidades em gestões petistas ou de qualquer outro partido.

Já que o post é sobre o Supremo, o veículo em questão poderia ter ido saber de ministros daquela Corte quem sou eu.

 

Ou poderia ter ligado para a Globo

 

Mas, infelizmente, esse “jornal” gaúcho não teve a menor preocupação em ir verificar quem era a pessoa que iria acusar. E muito menos em se informar sobre o que está acontecendo no Supremo nessa questão do julgamento da prisão após condenação em segunda instância.

Abaixo, a matéria.