Redes obrigam deputado corrupto do DEM a apagar post sobre Marielle

A morte da vereadora Marielle Franco (PSol) criou um debate que viralizou nas redes sociais e transformou o episódio em mais um tema de polarização política. Pré-candidato ao GDF e líder da bancada da bala no Congresso, o deputado Alberto Fraga (DEM/DF) protagonizou um tiroteio no Twitter iniciado na noite de sexta-feira.

O coronel da PM na reserva postou uma fake news que recebeu relacionando a vereadora com o tráfico de drogas nas favelas do Rio de Janeiro. Uma chuva de críticas se seguiu. Muita gente postou comentários sobre os processos a que o parlamentar responde. Fraga admitiu o erro, tirou a postagem do ar, mas já era tarde.

O comentário foi reproduzido por defensores e críticos. Em seguida, ele reagiu: “Incrível como esses esquerdopatas se julgam os donos da verdade! Digo que discutir com a esquerda é como jogar xadrez com pombos, derrubam as pedras, cagam no tabuleiro e, de peito empinado, dizem que ganharam o jogo!”.

Boulos rebate com “Máfia dos Transportes”

Candidato à Presidência da República pelo PSol, Guilherme Boulos também reagiu a Fraga, no Facebook: “Quando a barbárie fala usando a boca de alguém. Alguém, aliás, que é réu num processo de 350 mil de propina da máfia dos transportes no DF”.

Vídeo de Freixo

Pelo Twitter, Alberto Fraga postou um vídeo em que Marcelo Freixo, deputado estadual pelo PSol do Rio e amigo de Marielle Franco, defende anistia para jovens que se envolveram no crime. “A gente vive lutando por penas mais severas, principalmente para reincidentes, e esses caras querem colocar bandido nas ruas”, atacou.

A pedido

O deputado Alberto Fraga (DEM/DF) retirou do ar a postagem sobre Marielle Franco a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ). Ele ficou preocupado com a repercussão porque Fraga é relator de projetos do pacote da segurança pública. O líder da bancada da bala explicou que reproduziu nas redes sociais uma mensagem que recebeu pelo WhatsApp.

PSol vai acionar a Justiça

O presidente do PSol/DF, Fábio Felix, considerou uma violência as críticas do deputado Alberto Fraga (DEM/DF) a Marielle Franco: “Estamos chocados com o oportunismo e a covardia desse homem. O PSol vai tomar providências jurídicas em relação a essa fala absurda, arrogante e desrespeitosa desse deputado”.

O partido prepara um ato em memória de Marielle na próxima terça-feira na Rodoviária do Plano Piloto.

Fica difícil…

Difícil combater Fake News se até uma desembargadora do Rio de Janeiro reproduz notícia sem checar a procedência e a credibilidade como se fosse uma verdade.

Mandou bem

Seguranças do metrô fizeram às pressas o parto de uma mulher que sentiu as contrações e pediu ajuda na estação do shopping, na última quinta-feira. Nasceu um menino.

Mandou mal

A execução da vereadora Marielle Franco (PSol) foi um ato de extrema violência pelo discurso de paz que ela defendia. A repercussão foi internacional.

Mais um ataque à comoção

Outro pré-candidato ao GDF, o General da reserva Paulo Chagas também criticou, nas redes sociais, a comoção em torno da execução da vereadora Marielle Franco (PSol): “Quantas mulheres ‘incríveis e corajosas’ como Marielle morrem todos os dias no Brasil em consequência da falta de honestidade, de pulso, de coragem, de energia e de efetividade no combate aos criminosos que são, demagogicamente, paparicados pelos mesmos que choram a sua morte em busca de poder e de alguns segundos a mais de ‘fama’?”

Como Fraga, o militar é discípulo de Jair Bolsonaro.