Direita midiática aposta em Marina e Joaquim Barbosa
A direita midiática (setores do partido do Judiciário, Globo e os jornalões e o PIB paulista) almejam uma chapa que una Joaquim Barbosa (PSB) e Marina Silva (Rede).
Foi costurado um encontro entre os dois para tentar viabilizar um “entendimento”, já que o candidato dos setores supracitados, Geraldo Alckmin, parece que não deslancha.
A dificuldade é que, em encontros anteriores, nenhum dos dois concordou em ser vice do outro, segundo a coluna de Monica Bergamo, na Folha.
Os dois têm razões para acreditar que devem estar na cabeça de chapa. Marina tem 15% nas pesquisas enquanto Barbosa chega a 10%.
Ele, no entanto, incorpora o “novo”. E conta com estrutura partidária mais sólida do que a dela.
Com apenas dois deputados em seu partido, a Rede, Marina nem sequer é presença garantida nos debates de televisão —pela lei, as emissoras são obrigadas a convidar apenas candidatos de partidos que tenham no mínimo cinco deputados federais. O tempo de propaganda da Rede também será mínimo.
Já o PSB tem 26 deputados federais e quatro governos estaduais: Paraíba, Pernambuco, Distrito Federal e SP.
O problema é que o eleitorado que se sensibilizaria por esses dois quer candidatos mais à direita e esse eleitorado estará dividido entre Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB) e todos os outros muitos candidatos de direita nanicos.
Sem o apoio de Lula, Marina, Ciro e Barbosa não irão a lugar algum. Lideranças petistas rechaçam unanimemente qualquer aproximação com qualquer um desses três.