Operação da PF busca Roberto Jefferson (PTB)

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O ex-deputado e presidente nacional do PTB Roberto Jefferson, pivô do escândalo do Mensalão do PT, é alvo de busca e apreensão  da operação Operação Registro Espúrio. Deflagrada na manhã desta quarta-feira, 30, a operação mira uma suposta organização criminosa a atuar na concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.

Além de Jefferson, são alvos de busca os gabinetes dos deputados Jovair Arantes (PTB), Paulinho da Força (Solidariedade) e Wilson Filho (PTB). A sede da Força Sindical também é alvo da ação da PF. Todos seriam integrantes do núcleo político da suposta organização criminosa que atuava na pasta.

A operação é resultado de uma investigação da PF e foi solicitada ao ministro Edson Fachin pela procuradora-geral da República Raquel Dodge.

A PF, diz nota da PGR, identificou ao longo de um ano de investigação a existência de um esquema criminoso estruturado em cinco núcleos de atuação: administrativo, político, sindical, captador e financeiro.

“Também são mencionados, como exemplo, das fraudes, pagamentos que envolviam valores que chegaram a R$ 4 milhões pela liberação de um único registro sindical. Desde 2017, parte dos integrantes do grupo criminoso responde a uma ação por improbidade administrativa em andamento na Justiça Federal, em Brasília”, diz a nota.

Núcleos. De acordo com a apuração da PF, o núcleo administrativo era formado por 10 servidores do ministério utilizados para viabilizar as fraudes que incluíam o desrespeito à ordem cronológica dos requerimentos e o direcionamento dos resultados dos pedidos.

O núcleo político, por sua vez, era formado por parlamentares e ex-parlamentares que atuavam indicando e mantendo em cargos estratégicos da Secretaria de Relações do Trabalho do MTE os servidores que faziam parte do esquema. O núcleo sindical ia responsável pelo contato com os funcionários públicos encarregados de operacionalizar as fraudes.

“O quatro segmento identificado pelos investigadores era o captador: lobistas e advogados que faziam a intermediação entre os sindicados interessados em registros com os demais integrantes da organização criminosa. O esquema se completava com a atuação do núcleo financeiro que viabilizava os pagamentos (das entidades sindicais para os envolvidos) por meio da simulação de contratos fictícios de trabalho”, diz a PGR.

Com informações do Estadão