Opositor de Maduro disputa eleição, perde e rejeita resultado
O candidato opositor Henri Falcón afirmou na noite deste domingo (20) que não reconhecerá o resultado da eleição presidencial venezuelana, na qual tem o ditador Nicolás Maduro como principal adversário.
“Não reconhecemos este processo eleitoral. Para nós, não houve eleições, é preciso fazer novas eleições na Venezuela”, disse Falcón por volta das 21h40 locais (22h40 em Brasília), que liderava as pesquisas de opinião mais reputadas do país.
Com a declaração, Falcón praticamente admitiu que obteve menos votos do que Maduro. O mandato presidencial é de seis anos.
O ex-governador do estado de Lara acusou o governo Maduro de “atuar com perversidade” por usar a Carteira da Pátria, documento que dá acesso a diversos programas e benefícios sociais, para controlar o fluxo de eleitores ao longo do dia.
Para atrair eleitores, Maduro prometeu pagar um bônus a quem apresentasse a Carteira da Pátria nos Pontos Vermelhos, pequenos toldos montados perto e até mesmo dentro dos centros de votação. Segundo relatos dos próprios eleitores, o valor será de 10 milhões de bolívares (US$ 11), o equivalente a quatro salários mínimos.
Ex-chavista e ex-militar, Falcón rompeu com a decisão da coalização oposicionista MUD (Mesa da Unidade Democrática) de não participar da eleição. Seus principais líderes, Henrique Capriles e Leopoldo López, estão inelegíveis por perseguição política do chavismo.
Até 22h locais (23h em Brasília), nenhum resultado não havia sido divulgado. As urnas deveriam ter sido fechadas às 18h, mas muitas permaneceram abertas até tarde.
Com informações da Folha