Secretário diz que acidente doméstico é principal hipótese para desabamento em SP

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O secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Mágino Alves, afirmou, na manhã desta quarta-feira, que um acidente doméstico é a principal hipótese para explicar o incêndio que fez com que o edifício Wilton Paes de Almeida desabasse no Largo da Paissandu, no centro da capital paulista. Segundo uma testemunha, a causa do ocorrido foi uma briga de casal.

A primeira linha de investigação é que foi provavelmente um acidente doméstico. É o que se fala até agora. Uma briga de casal também ocorreu, mas parece que também ocorreu um acidente doméstico.Houve uma explosão de botijão ou de uma panela de pressão. Isso vai ser apurado — disse Mágino.

 Peritos do Instituto de Criminalística de São Paulo trabalham no local. Um laudo deve ser feito a partir da análise dos objetos e destroços encontrados para se chegar as prováveis causas do incêndio. A polícia também investiga o caso. Um inquérito policial vai ouvir as pessoas que moravam no prédio.

Desde o madrugada, bombeiros seguem à procura de vítimas e trabalham no resfriamento dos escombros. Entre as técnicas de busca, bombeiros e policiais estão usando cães farejadores e drones com câmeras de calor para tentar localizar potenciais vítimas.

Segundo o capitão Leandro Da Hora, os trabalhos estão focados na área em que potencialmente está Ricardo, a vítima que por 40 segundos não foi salva pelos bombeiros antes do desabamento do prédio. Outras três áreas, ou quadrantes, como tecnicamente são chamados, foram mapeados pelos bombeiros para organizar a operação.

 

A partir desse quadrante (de número 1) vamos aumentando o raio de busca e localização, até encontrar as vítimas. Neste momento fazendo uma busca superficial. O maquinário pesado só será usado após 48 horas da ocorrência — reforçou. No entorno, cinco edifícios, incluindo uma histórica Igreja Lutetana, de 1908, foram interditados.

No prédio que desabou havia 372 pessoas, de 146 famílias, das quais 49 pessoas, incluindo Ricardo, ainda não foram localizadas. O número foi atualizado perto das 10 horas pela Assistência Social municipal. De acordo com Da Hora foram encontrados a corda que estava amarrada à Ricardo e o cinto alemão, que ele chegou a colocar em uma das pernas na tentativa de ser resgatado.

Durante a manhã, duas escavadeiras retiravam escombros das imediações do prédio para desobstruir a área e facilitar o trânsito de carros e maquinário no local. De acordo com o tenente Guilherme Derrite, os bombeiros também seguem resfriando a área com jatos de água para viabilizar o trabalho dos cães farejadores.

Com Informações O Globo